História Minimalista das Copas (1990 a 2014)

Último capítulo da incrível série criada pelo ilustrador André Fidusi mostra de forma sucinta as Copas da década de 1990 e as do século 21, do tri ao tetra da Alemanha


A espetacular série História Minimalista das Copas, criada pelo ilustrador André Fidusi, reúne cartazes com desenhos referenciais sobre cada Mundial, que é resumido em detalhes bem diretos. Já publiquei aqui no blog as duas primeiras partes (1930 a 1958 e de 1962 a 1986) e, neste post, chegou a hora de mostrar os trabalhos geniais de 1990 a 2014. E já fica a expectativa pela criação de um novo cartaz, desta vez sobre a Rússia. Vamos ver o que essa Copa reserva nesta reta final e o que Fidusi irá criar a partir disso. 

Vamos aos cartazes, começando por 1990, uma Copa de nível técnico baixo. Uma série de empates e várias decisões por pênaltis marcaram a competição realizada na Itália. Aos trancos e barrancos e com um notável desempenho do goleiro Goycochea nas séries de penais, a Argentina chegou à decisão contra a sempre eficiente Alemanha. Os alemães venceram com um gol de pênalti, um raro não defendido pelo arqueiro argentino.  


Em 1994, ao contrário das três conquistas anteriores, quando foi comum a seleção brasileira dar shows, nos Estados Unidos a equipe de Parreira foi pragmática, forte na defesa e eficiente no ataque, comandado por Romário. E a primeira Copa decidida nos pênaltis acabou, por incrível que pareça, com uma bola chutada nos ares por um dos maiores craques de sua época.


Nada de ufanismo quando lembrar da Copa de 1998, por favor. A seleção francesa era muito melhor do que o junta-junta comandado por Zagallo, que não conseguiu em quatro anos montar uma base e entrosar a equipe. Mas não dá para não associar aquela Copa ao piripaque de Ronaldo.  A França, que já era melhor, aproveitou essa "ausência" do camisa 9, deu um baile e levantou a taça pela primeira vez.


O piripaque de 1998 se transformou em uma recuperação brilhante em 2002, na primeira Copa asiática. Depois de uma gravíssima contusão no joelho, o Fenômeno foi artilheiro da Copa, arrebentou na final, fez gols de todos os jeitos e, junto com Rivaldo, comandou a família Scolari rumo à quinta conquista brasileira.


Em 2006, uma das imagens mais icônicas da histórias das Copas foi protagonizada de forma negativa justamente por um de seus maiores craques. A bizarra cabeçada de Zidane em Materazzi é bem mais lembrada por todos do que os pênaltis que definiram a quarta conquista italiana - se bobear, mais lembrada até do que os lances geniais do craque francês na Alemanha.


A insossa Copa de 2010, a primeira realizada em solo africano, deixou poucas imagens marcantes. Sim, a Espanha mostrou um bom futebol. A Holanda também. Mas nada inesquecível. A ponto de Fidusi lembrar até das (chatas) vuvuzelas e do polvo Paul, o adivinhão.


A Copa de 2014, realizada no Brasil, deixou saudade e temos muitos temas para relembrar, mas a proposta aqui é ser minimalista. Fidusi, portanto, colocou em primeiro plano a contusão de Neymar, o incrível massacre da Alemanha no Mineirão e o tetra conquistado pelos europeus diante da Argentina.

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