Confesso que jamais imaginaria que fosse tão fácil. O Cruzeiro venceu por 8 a 1 o América de Teófilo Otoni fora de casa no jogo de ida pelas semifinais do Campeonato Mineiro com tanta naturalidade que mais parecia um treino. Na sexta-feira, eu comentei aqui que imaginava que a empolgação do time local pela boa campanha e pelo já conqusitado título de campeão do interior levasse o América a um empate. Era o máximo que eu imaginava que acontecesse. Mas o Cruzeiro acabou com qualquer prognóstico, mesmo sendo amplo favorito no confronto (e, na minha opinião, favorito ao título antes mesmo da partida de Teófilo Otoni). Veja os detalhes dos times e da partida acima na arte de Frederico Machado.
Foi um verdadeiro massacre. E construído com tranquilidade. Léo, que substituiu Victorino, foi muito bem, teve atuação segura que refletiu também na boa performance de Gil. Gilberto e Roger mostraram toda a técnica possível, muito bem assessorados por Henrique e Marquinhos Paraná. No ataque, a velocidade de Wallyson e Thiago Ribeiro mais uma vez fez a diferença. E, claro, quando exigido, Fábio mostrou a categoria de sempre. A equipe, de forma geral, mostrou estar entrosada, unida e sabendo usar o melhor de suas opções em todos os setores.
O resultado dá a Cuca a chance de usar até um time completamente reserva no próximo final de semana em Sete Lagoas. Oportunidade de dar vez a uma série de jogadores e de descansar a equipe para os jogos mais importantes do ano até agora, contra o Once Caldas, pela Libertadores. E, claro, dá mais confiança ainda para o time que vai enfrentar um adversário pior tecnicamente, mas muito chato de se enfrentar em Manizales na quarta-feira. Melhor tecnicamente, com boas opções táticas e confiante, o Cruzeiro tem tudo para sair da Colômbia no meio da semana com a classificação praticamente assegurada também no torneio sul-americano. Mas todo cuidado é pouco.
Ao América, o momento é de levantar os erros e aprimorar os acertos. Foi bem no campeonato, fez uma campanha histórica, bons jogos contra América e Cruzeiro na fase de classificação e está garantido na Série D do Brasileirão. Bem armado, pode ir bem nacionalmente. Os dois últimos resultados contra Atlético e Cruzeiro refletem a diferença técnica dos principais times mineiros para as equipes do interior. Mas levar 15 gols em dois jogos é, claro, um exagero.
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