No dia do aniversário do Atlético, publico uma seleção dos melhores que vi jogar. De quebra, faço também duas equipes "reservas". São 33 jogadores que marcaram a história do clube
O Atlético completa 110 anos neste domingo, dia 25, número redondo e propício para lembranças, listas e seleções movidas pelos mais diversos critérios. Eu curto a ideia de seleções e optei por escolher meus 11 principais jogadores levando em conta apenas quem eu vi jogar. Logo, como acompanho futebol com assiduidade desde o início da década de 1980, alguns jogadores fundamentais para a história atleticana e decisivos para a construção da grandiosidade do clube ficarão de fora, como Dario, Zé do Monte, Kafunga, Ubaldo, Mário de Castro e tantos outros. Eles nunca perderão sua importância, que fique bem claro.
No ano passado, fiz uma seleção quando o clube completou 109 anos, com titulares e reservas. Um ano depois, percebi que não poderia deixar de citar outros jogadores importantes que acompanhei nestas quase quatro décadas. Então, desta vez, além dos 11 titulares e dos 11 reservas, aproveitei para fazer um terceiro time. Atualizei números de quem já estava, alterei alguns reservas, incluí novos vídeos e, agora, são 33 jogadores que marcaram a história do Galo neste período. A lista está logo abaixo, em um 4-4-2, sem improvisação. Curtiu? Concordou? Discordou? Faltou alguém? Deixe sua opinião nos comentários ou pelo Twitter @FredericoJota.
Victor
Números: Fez 338 jogos e sofreu 360 gols
Reserva 1: Taffarel chegou com status de ídolo em 1995. Campeão da Copa Conmebol em 1997, deixou o clube em 1998, tendo muita identificação com a torcida. Fez 191 jogos e sofreu 203 gols.
Reserva 2: Velloso. Ficou no Galo de 1999 a 2004. Peça importante do time vice-campeão brasileiro em 1999. Em 231 jogos, sofreu 274 gols.
Reserva 1: Taffarel chegou com status de ídolo em 1995. Campeão da Copa Conmebol em 1997, deixou o clube em 1998, tendo muita identificação com a torcida. Fez 191 jogos e sofreu 203 gols.
Reserva 2: Velloso. Ficou no Galo de 1999 a 2004. Peça importante do time vice-campeão brasileiro em 1999. Em 231 jogos, sofreu 274 gols.
Abaixo, a defesa histórica de Victor na cobrança de pênalti de Riascos
Nelinho
Contratado junto ao Cruzeiro em 1982, chegou ao Atlético com 31 anos e jogou em alto nível até o início de 1987, quando pendurou as chuteiras. Exímio batedor de faltas e pênaltis, também era mestre na cobrança de escanteios, além de seguro na marcação. Disputou cinco Campeonatos Mineiros e venceu quatro (1982, 83, 85 e 86), em uma época que os estaduais ocupavam mais tempo no calendário e tinham mais relevância. Para um lateral, tem um ótimo número de gols pelo clube (52).
Números: 274 jogos e 52 gols.
Reserva 1: Marcos Rocha, outra peça importante para os títulos da Libertadores e da Copa do Brasil. Outro jogador bastante identificado com o clube, tem 306 jogos e 13 gols pelo Galo.
Reserva 2: Alfinete. Ficou duas temporadas no clube (1991 e 1992). Experiente, foi importante na conquista da Copa Conmebol de 1992. Em 82 jogos, fez 10 gols.
Abaixo, um especial da TV Galo com o lateral-direito Nelinho
Leonardo Silva
Autor do gol mais importante da história do clube, o segundo contra o Olimpia na final da Libertadores de 2013, é o zagueiro que mais gols fez pelo Atlético, 30. Chegou ao Galo em 2011, vindo do Cruzeiro, e é capitão desde 2014. Um dos principais líderes dos grupos de jogadores desde que chegou, foi fundamental também para a conquista da Copa do Brasil.
Números: 330 jogos e 30 gols
Reserva 1: Cláudio Caçapa, pelo alto nível em 1999/2000, quando o clube voltou a decidir um Brasileirão e retornou à Libertadores. Fez 169 jogos e 6 gols.
Reserva 2: Cléber. Revelado pelo Galo, ficou no clube de 1987 a 1991 e arrumou a zaga no início dos anos 1990. Em 110 jogos, marcou 12 gols.
O gol mais importante da história do Atlético foi de Leonardo Silva
Luisinho
Zagueiro extremamente técnico, fez mais de 500 jogos pelo clube, que defendeu durante 10 anos, de 1979 a 1989. Tranquilo, habilidoso, sabia sair jogando e tinha imensa categoria para desarmar atacantes. Conquistou nove campeonatos estaduais em sua passagem pelo Galo, foi capitão do time diversas vezes e uma peça fundamental do time que encantou no início da década de 1980.
Números: 537 jogos e 21 gols.
Reserva 1: Réver, assim como Luisinho, um zagueiro muito técnico. Capitão no título da Libertadores, defendeu o clube de 2010 a 2014. Fez 177 jogos e 22 gols.
Reserva 2: Jemerson. Assumiu com personalidade a vaga de Réver, levantou a Recopa e foi importantíssimo na conquista da Copa do Brasil. Entre 2013 e 2016, fez 109 jogos e 8 gols.
Gol de Luisinho em clássico contra o Cruzeiro em 1987
Paulo Roberto
Ergueu a taça da primeira conquista continental do Atlético, a Copa Conmebol de 1992. Chegou em 1986 ao Galo e só saiu do clube dez anos depois e com mais de 500 jogos. Líder do grupo, capitão e identificado com o Galo, foi eficiente e importante em várias campanhas de destaque do clube, não só na Conmebol, como em diversos Campeonatos Brasileiros.
Números: 504 jogos e 38 gols
Reserva 1: Dedê. Cria da base, identificado com o clube, foi importante na conquista do bicampeonato da Conmebol em 1997. Ficou no Galo de 1996 a 1998, fez 92 jogos e 3 gols.
Reserva 2: Júnior César. Eficiente e firme na marcação, teve papel importante no vice brasileiro de 2012 e na conquista da Libertadores. Fez 71 jogos entre 2012 e 2013 e não marcou gols.
Reserva 2: Júnior César. Eficiente e firme na marcação, teve papel importante no vice brasileiro de 2012 e na conquista da Libertadores. Fez 71 jogos entre 2012 e 2013 e não marcou gols.
Paulo Roberto em ação em 1995, marcando gol no amistoso contra o Flamengo
Gilberto Silva
Chegou ao Galo em 2000, vindo do América. Volante técnico, que sabia sair jogando e também chegava ao ataque com qualidade, fez um Brasileirão irrepreensível em 2001. Saiu em 2002 e voltou em 2013, quando foi muito importante em dois jogos cruciais da Libertadores, as partidas da semifinal contra o Newell's Old Boys. Mesmo reserva, foi um dos líderes daquele grupo.
Números: 122 jogos e 9 gols.
Reserva 1: Valdir, o Todinho, foi importante na conquista da Copa Conmebol de 1992 e no vice brasileiro em 1999. Em duas passagens pelo clube (1992 a 1994 e 1998 a 1999), fez 222 jogos e 14 gols.
Reserva 2: Doriva. Com grande capacidade de desarme e cobertura, fez bons Brasileirões e levantou a Conmebol em 1997. Entre 1995 e 1997, fez 143 jogos e 6 gols.
Gol de Gilberto Silva no Campeonato Mineiro de 2013, quando retornou ao clube
Reserva 2: Doriva. Com grande capacidade de desarme e cobertura, fez bons Brasileirões e levantou a Conmebol em 1997. Entre 1995 e 1997, fez 143 jogos e 6 gols.
Gol de Gilberto Silva no Campeonato Mineiro de 2013, quando retornou ao clube
Toninho Cerezo
Volante moderno, que sabia defender e sair jogando, foi um dos maiores jogadores da história do Atlético. Um dos expoentes da geração que brilhou entre o final da década de 1970 e o início dos anos 1980, Cerezo chegava à área adversária com regularidade - fez mais de 50 gols com a camisa do Galo. Defendeu o clube em 1973 e de 1974 a 1983, quando foi para a Itália. Retornou em 1996 e se despediu do futebol com a camisa alvinegra, em 1997.
Números: 400 jogos e 53 gols.
Reserva 1: Leandro Donizete. Raçudo e firme na marcação, segurou a bronca nas conquistas da Libertadores e da Copa do Brasil. Fez 231 jogos e 4 gols entre 2012 e 2016.
Reserva 2: Pierre. Peça importante do sistema defensivo da equipe que brilhou no Brasileirão de 2012 e da que foi campeã da Libertadores em 2013. Assim como Donizete, tem grande prestígio com a torcida. Fez 170 jogos entre 2011 e 2015 e não fez gols com a camisa alvinegra.
No vídeo, Cerezo decidindo uma semifinal de Brasileiro, contra o Inter, em 1980
Reserva 2: Pierre. Peça importante do sistema defensivo da equipe que brilhou no Brasileirão de 2012 e da que foi campeã da Libertadores em 2013. Assim como Donizete, tem grande prestígio com a torcida. Fez 170 jogos entre 2011 e 2015 e não fez gols com a camisa alvinegra.
No vídeo, Cerezo decidindo uma semifinal de Brasileiro, contra o Inter, em 1980
Éverton
Meia artilheiro, muito identificado com o Galo em meados da década de 1980. Era o pulmão das ótimas equipes alvinegras montadas entre 1984 e 1987, período em que passou pelo clube. Raçudo, corria por todos os lados do campo e fez um dos gols mais bonitos do Mineirão, contra o Treze, da Paraíba, pelo Brasileirão de 1984.
Números: 198 jogos e 92 gols.
Reserva 1: Renato Morungaba. Habilidoso meia, jogou como atacante no time de 1987 com Telê. Fez 205 jogos e 59 gols entre 1986 e 1989.
Reserva 2: Luan. Chegou da Ponte Preta em 2013 e já fez 207 jogos e 40 gols, alguns deles históricos e decisivos, como os marcados contra Tijuana (Libertadores 2013) e Flamengo (Copa do Brasil 2014). Muito identificado com o clube e com a torcida.
No vídeo, Éverton brilhando no Brasileirão de 1984 e marcando um gol espetacular
No vídeo, Éverton brilhando no Brasileirão de 1984 e marcando um gol espetacular
Ronaldinho Gaúcho
O jogador que mudou o Galo de patamar. Um dos maiores jogadores de futebol de todos os tempos, que só não fez chover em Belo Horizonte durante o Brasileirão de 2012 e a Libertadores de 2013. Chamou a responsabilidade, decidiu jogos, deixou vários na cara do gol, fez golaços, ajudou jogadores a crescer e deixou o time circular em torno dele. Mais do que fundamental para a conquista continental de 2013. Mais identificado no Brasil com o Galo do que com o seu Grêmio de origem.
Números: 88 jogos e 28 gols
Reserva 1: Marques. Maior ídolo do clube na virada do século, garçom de vários atacantes, decidiu muitos jogos. Fez 386 jogos e 133 gols.
Reserva 2: Jorginho. Chegou veterano ao clube, aos 32 anos, e fez apenas 36 jogos em 1997. Foi destaque na campanha do título da Conmebol e fez um ótimo Brasileirão. Marcou 14 gols com o camisa atleticana.
No vídeo, lances geniais de Ronaldinho com a camisa do Galo, de 2012 a 2014
No vídeo, lances geniais de Ronaldinho com a camisa do Galo, de 2012 a 2014
Reinaldo
Maior artilheiro da história do clube, um fora de série capaz de driblar em mínimos espaços e de fazer gols com muita naturalidade. Acompanhei de perto os anos finais de sua trajetória no clube (1980 a 1985), quando, mesmo longe de seu auge físico, decidiu jogos e encantou todos os fãs de futebol com lances mágicos. Referência do Atlético por mais de uma década em campo (1973 a 1985).
Números: 475 jogos e 255 gols
Reserva 1: Guilherme, um dos melhores centroavantes da história do Galo, tem média de gols impressionante pelo clube. Fez 205 jogos e 139 gols em duas passagens (1999 a 2002 e em 2003).
Reserva 2: Jô, campeão e artilheiro da Libertadores, foi decisivo na campanha do título continental e se reinventou no Galo no Brasileirão de 2012. Em 127 jogos, fez 39 gols entre 2012 e 2015. É o jogador do clube que mais fez gols no Independência após a reforma.
No vídeo, gol genial de Reinaldo contra o PSG, em Paris, no início da década de 1980
Reserva 2: Jô, campeão e artilheiro da Libertadores, foi decisivo na campanha do título continental e se reinventou no Galo no Brasileirão de 2012. Em 127 jogos, fez 39 gols entre 2012 e 2015. É o jogador do clube que mais fez gols no Independência após a reforma.
No vídeo, gol genial de Reinaldo contra o PSG, em Paris, no início da década de 1980
Éder
Genial ponta-esquerda que batia como poucos na bola, extremamente técnico e também artilheiro - fez mais de 100 gols pelo Galo. Brilhou pelos lados do campo e também, quando mais experiente, pelo meio, servindo com maestria vários companheiros. Teve três passagens pelo Atlético (1980 a 1985, 1989 a 1990 e 1994 a 1995), todas marcadas pela idolatria da torcida e por uma grande identificação com o clube.
Números: 368 jogos e 122 gols.
Reserva 1: Diego Tardelli. Mais de 100 gols em duas excelentes passagens pelo clube (2009 a 2011 e 2013 a 2014). Fez o gol do título da Copa do Brasil de 2014. Ídolo da torcida, fez 219 jogos e 110 gols.
Reserva 2: Sérgio Araújo. Veloz, serviu vários atacantes em três passagens pelo clube (1981 a 1988, 1989 e 1991 a 1993) e foi importante em títulos como o da Conmebol de 1992. Fez 360 jogos e 58 gols.
No vídeo, gols de falta de Éder, um exímio cobrador
Reserva 2: Sérgio Araújo. Veloz, serviu vários atacantes em três passagens pelo clube (1981 a 1988, 1989 e 1991 a 1993) e foi importante em títulos como o da Conmebol de 1992. Fez 360 jogos e 58 gols.
No vídeo, gols de falta de Éder, um exímio cobrador
Técnico: Cuca
O Atlético teve grandes técnicos ao longo de sua história, mas Cuca foi aquele que levou o clube ao seu maior título. Além disso, montou um time que apresentou um futebol brilhante em 2012 e em 2013 e foi um dos maiores responsáveis pela contratação de Ronaldinho Gaúcho. Vale citar também, como "técnicos reservas", Levir Culpi, que comandou o time na conquista da Copa do Brasil de 2014, em campanha heroica, e fez bons trabalhos em outras passagens, e Procópio Cardoso, que comandou o Galo em sua primeira conquista internacional, a Copa Conmebol de 1992, e esteve à frente do forte do time do início da década de 1980.
Grande seleção , jogadores fantásticos! Queria ter visto grande parte dos jogadores dos anos 80 principalmente Eder .
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