Especial Libertadores: Entrosamento é o trunfo do Santos para tentar conquistar seu quarto troféu. Tem altitude no caminho no Peixe na 1ª fase


Brasileiro com mais títulos da competição, ao lado do São Paulo, com três títulos, o Santos estreia daqui a pouco na Libertadores com a base da equipe que foi vice-campeã brasileira no ano passado. O time, basicamente jovem, tem veteranos que fazem um bom contraponto e são fundamentais para o bom funcionamento da equipe, casos de Renato e Ricardo Oliveira. Entrosado, tem tudo para ir longe na competição.

Até o momento, porém, o Peixe tem um desempenho irregular em 2017. No Campeonato Paulista, é apenas o terceiro de seu grupo, atrás de Ponte Preta e Mirassol, com três vitórias, um empate e três derrotas. Hoje, o clube estaria fora do mata-mata estadual. No geral, porém, o Santos tem a sexta melhor campanha entre os 16 participantes. No grupo 2, o Peixe terá um adversário bem chato quando joga em casa, o The Strongest, apoiado pela altitude de La Paz. Dois campeões nacionais e com rodagem na competição, Santa Fé (Colômbia) e Sporting Cristal (Peru), completam a chave.


Elenco 
O Santos tem uma equipe forte, habilidosa e veloz. A estrutura do ano passado foi mantida e o grupo não sofreu nenhuma baixa relevante. Entre os reforços, Leandro Donizete, campeão da Libertadores em 2013 pelo Galo, que ainda busca seu espaço no time. Outro campeão continental que faz parte do elenco é colombiano Copete, campeão em 2016 pelo Atlético Nacional.

O Peixe conta com dois bons laterais, Vitor Ferraz e Zeca, ambos bastante ofensivos, jogadores de meio-campo que sabem trabalhar a bola, como Renato, Vitor Bueno e Lucas Lima, todos com passagem, ao menos, pela seleção olímpica ou de base. Na frente, além da experiência de Ricardo Oliveira, tem a qualidade de Copete, que fez um ótimo Brasileirão.

Histórico na Libertadores
Com 12 participações e três títulos (1962, 1963 e 2011), o Santos tem um ótimo retrospecto na Libertadores. Além das conquistas, o clube chegou às semifinais em 1964, 1965, 2007 e 2012, último ano em que disputou o torneio. Para completar, venceu a Copa Conmebol (1998), a Recopa (2012) e a extinta Supercopa Sul-Americana (1968).

Os adversários estrangeiros

Sporting Cristal
Campeão peruano em 2016, o Sporting Cristal já fez sete jogos pelo atual campeonato e está em terceiro lugar no grupo A. Venceu três jogos, empatou dois e perdeu os outros dois. Já disputou nada menos que 32 edições da Libertadores e foi vice-campeão em 1997, derrotado pelo Cruzeiro na final. Seu capitão é o experiente Lobatón, 37 anos, com passagens pelo futebol brasileiro. O técnico também é conhecido. É ex-meia Del Solar, que já treinou a seleção peruana.

The Strongest
A equipe boliviana já provou nesta Libertadores que jogar em La Paz é um tormento para os adversários. Nas duas fases preliminares, duas goleadas, 4 a 0 no Montevideu Wanderers e 5 a 0 no Unión Española. E vai contar com o fator casa para avançar no torneio, que disputa pela 23ª vez. Em 2014, chegou às quartas de final - desde 2012 disputa a Libertadores sem qualquer interrupção. Fez quatro jogos oficiais pelo Campeonato Boliviano neste ano e venceu três. Escobar e Chumacero não foram destaques em suas passagens pelo Brasil, mas são reis lá na Bolívia. Adversário perigoso.

Santa Fé
Campeão colombiano, com torcida fanática, campeão da Copa Sul-Americana em 2015 e com duas semifinais de Libertadores no currículo (1961 e 2013), o Santa Fé é um adversário tradicional e que se acostumou a jogar competições continentais. Joga em Bogotá, a 2.600 metros de altitude, e tem o veterano habilidoso Omar Pérez como destaque, além de jogadores colombianos regularmente convocados para a seleção, como Obregón e Ceter. Ainda está invicto no atual Campeonato Colombiano, em quinto lugar.

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