Times mexicanos no Mundial de Clubes. Temer ou não?


Desde que a Fifa realizou em outubro o sorteio do Mundial de Clubes do Marrocos que os torcedores do Atlético, o representante brasileiro no torneio, tinham uma certa apreensão em relação à possibilidade de enfrentar um time mexicano nas semifinais. E, pela primeira vez desde a adoção deste novo formato, em 2005, uma equipe do México pode realmente encarar um brasileiro. O Monterrey enfrenta nas quartas de final o vencedor do confronto entre Auckland City (Nova Zelândia) e Raja Casablanca, o representante do país sede. Dessa partida sai o adversário do Galo. O Bayern espera o vencedor do confronto entre os campeões continentais da Ásia e da África. Mas, enfim, enfrentar um time mexicano no Mundial é ou não um problema?

Historicamente, os mexicanos têm uma participação discretíssima no Mundial de Clubes. A melhor colocação foi conquistada pelo próprio Monterrey, no ano passado, o terceiro lugar, obtido após vencer o Al-Ahly do Egito. Antes, venceu o Ulsan, da Coréia do Sul, e perdeu para o Chelsea nas semifinais. No estranho Mundial de 2000, no Brasil, com dois grupos e critérios confusos de convites, o Necaxa ficou também em terceiro lugar, batendo o Real Madrid nos pênaltis. Na fase de grupos, perdeu para o Vasco por 2 a 1. Como tem a chancela da Fifa, fica o registro. Mas o formato da competição era muito diferente.

Entre 2005 e 2011, uma série de decepções. Para começar, o México não foi representado em 2005, quando o Saprissa, da Costa Rica, foi a equipe da Concacaf na competição. Em 2006, o América foi goleado pelo Barcelona por 4 a 0 na semifinal e ainda perdeu o terceiro lugar para o Al-Ahly. Mesmo retrospecto do Atlante, em 2009, quando perdeu para o mesmo Barcelona e terminou em quarto após ser derrotado pelo Pohang Steelers, da Coréia do Sul. Também em quarto terminou o Pachucha, em 2008, ao ser derrotado na semifinal pela LDU e na disputa pelo 3° lugar pelo Gamba Osaka, do Japão. 

O próprio Pachuca protagonizou o maior vexame mexicano, em 2007, quando perdeu as quartas de final para o Étoile du Sahel, da Tunísia, e ficou em sexto lugar. Não satisfeito, o Pachuca voltou a ser derrotado nas quartas em 2010, pelo africano Mazembe, que acaba eliminando o Internacional na semifinal. Pelo menos, o clube mexicano foi com o 5° lugar ao vencer o Al-Wahda, dos Emirados Árabes Unidos. No ano seguinte, o Monterrey também conseguiu a proeza de ser eliminado nas quartas, desta vez pelo Kashiwa Reysol, do Japão. Na disputa pelo quinto lugar, vitória sobre o Esperance, da Tunísia.

Como foi possível perceber neste post, os mexicanos não tem um histórico dos mais relevantes no Mundial, o que não significa que não devem ser vistos com cuidado - o próprio Atlético sentiu isso na pele, na Libertadores, contra o Tijuana. Mas, em um Mundial, o bom mesmo é ficar atento a todos os rivais. O Inter que o diga.

Comentários