Foi apertado, sofrido e complicado, mas o Atlético superou um obstáculo daqueles bem "chatos" ao derrotar o Coritiba por 1 a 0, ontem, no Independência. A vitória suada contra o bem montado time de Marcelo Oliveira foi tão importante que recolocou o Galo na liderança do campeonato com um ponto a mais e um jogo a menos que o Vasco, adversário de domingo, mais uma vez no Independência. Ou seja, outro triunfo no domingo significa abrir quatro pontos de vantagem sobre o time carioca e ainda poder ampliar a vantagem no jogo adiado.
Sem ter jogado no final de semana por causa do vergonhoso adiamento da partida contra o Flamengo (aliás, o gramado do Engenhão deve ter melhorado em poucos dias, já que o Botafogo jogou lá contra o Palmeiras na quarta-feira.....), o receio era que o Atlético perdesse um pouco do embalo que estava, pois ficou dez dias sem jogar. O time perdeu um pouco de ritmo, sim, mas mostrou muita força de vontade e paciência para vencer o Coritiba.
Com o Coritiba bem fechadinho na defesa, o Atlético encontrou uma certa dificuldade para chegar à área adversária. No primeiro tempo, com passes precisos, Ronaldinho colocou Jô e Bernard em condições de marcar, mas faltou caprichar na conclusão. Quando colocou a bola no chão, o Galo envolveu o time paranaense, mas houve um certo excesso de chutões, que facilitavam a rebatida da defesa do Coxa e complicava o domínio de bola alvinegro.
Taticamente, o time perde muito quando dois jogadores com grande poder de marcação ficam fora de uma mesma partida. Ontem foi o caso de Pierre e Danilinho. Como as características de Serginho e Guilherme são diferentes, a equipe demorou um pouco para assimilar a mudança. Cuca percebeu o reflexo disso em Marcos Rocha, uma válvula de escape e uma alternativa ofensiva quando é coberto exatamente pelos dois ausentes no jogo de ontem. Inteligentemente, no segundo tempo Cuca deslocou Serginho para a lateral direita e Marcos Rocha passou a jogar mais avançado, o que resultou em uma melhor ligação da defesa com o meio-campo do Galo.
O gol de Réver logo no início do segundo tempo foi um alívio para a equipe, que usou de sua experiência para controlar o jogo e dar muito pouco espaço para o Coritiba, que pouco assustou Victor. A vitória, além da confiança e da liderança, comprovou mais uma vez que o Atlético tem jogadores capazes de controlar uma partida de acordo com a situação de jogo e um técnico que consegue mexer na equipe mesmo sem ter peças importantes. Consistente, o Galo é um time difícil de ser batido, ainda mais jogando em casa. Derrotas podem acontecer nessa trajetória de números espetaculares (11 vitórias, 2 empates e 1 derrota), mas é fato que, ao contrário de outras temporadas, o Atlético vai fazer os outros suarem muito para o derrotarem.
Vamos lá galo, este ano tem banco e olha que ainda o Berola não voltou.
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