Emoção e talento marcam vitória do Atlético contra o Botafogo


A campanha arrasadora do Atlético neste primeiro turno do Brasileirão teve vários ingredientes. Vitórias tranquilas, outras difíceis, tabus derrubados e até mesmo uma virada incrível conquistada fora de casa, contra o Figueirense. Faltava uma vitória em casa que enlouquecesse a torcida. Faltava. Ontem, contra o Botafogo, a vitória de 3 a 2 confirmada a poucos minutos do fim fez muita gente se emocionar no estádio Independência, mas deu à equipe uma dose ainda maior de confiança. Mais uma vez, o time mostrou força e poder de decisão.

Os números são impressionantes. Nada menos do que 13 vitórias em 17 jogos, o que assegurou ao Galo o título simbólico do primeiro turno. Não vale taça, não garante nada e o caminho até o título tão sonhado pela torcida ainda é longo, mas metade do caminho já foi percorrido e, passo a passo, se continuar nesse ritmo, o time está no rumo certo. Além de vencer, convence. 

A capacidade de reação do Atlético foi testada logo no primeiro tempo ontem. Com algumas dificuldades para armar as jogadas e com uma atuação fraca dos laterais Serginho e Júnior César, o Galo, ainda assim, chegou algumas vezes na cara do gol, mas quem abriu o placar foi o Botafogo, que entrou na área atleticana com certa tranquilidade. Foi quando apareceu o craque. Ronaldinho deixou Jô na cara do gol e, no rebote, Escudero empatou o jogo antes do apito do juiz, mudando muito a característica do segundo tempo.

Durante boa parte da etapa final, o Atlético engoliu o Botafogo. Chamando a responsabilidade, Ronaldinho, mais uma vez, deixou Jô na cara do gol - e desta vez, ele fez. O 2 a 1 deu ainda mais confiança ao time, que estava bem seguro em campo, ainda mais com a decisão de manter Serginho mais fixo, o que diminuiu seus erros. Salvo por um excesso de firula de Réver que quase resultou em um gol do Botafogo, o time carioca só foi chegar à área do Galo em uma falha de marcação atleticana. Na intermediária, com espaço de sobra, Seedorf trabalhou a bola até entregar a Rafael Marques, que sofreu pênalti de Leonardo Silva. Andrezinho cobrou e empatou.

Eram 35 minutos do segundo tempo. Até então, as entradas de Neto Berola e Carlos César não tinham resultado em nada. Um empate em casa não seria nada bom. A torcida, apreensiva, começava a lamentar os pontos perdidos, enquanto, em campo, o time manteve a tranquilidade que lhe valeu várias vitórias no Brasileirão. E exatamente em uma jogada com Carlos César, Berola, aos 42 minutos, teve muita categoria para encobrir Jéfferson e faz o gol da vitória. Estrela de Cuca, mérito de um time que sabe onde quer chegar e que, até agora, tem feito com maestria sua história neste Brasileirão.





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