Com tranquilidade e experiência, Galo vence Vasco e amplia distância no topo da tabela

Em um campeonato acirrado como o Brasileirão, quem sonha em se manter no topo tem que cumprir algumas missões, como tirar pontos dos seus rivais mais próximos, ser forte dentro de casa e ter tranquilidade e maturidade para conseguir vitórias em partidas difíceis, com poucas chances de gol e contra adversários bem montados. O Atlético cumpriu todas essas missões ontem, venceu o então vice-líder Vasco por 1 a 0 no Independência, e chegou à incrível marca de 12 vitórias e apenas uma derrota em 15 jogos. Agora tem três pontos a mais que o Flu, novo vice-líder, e tem um jogo a menos.

Na quinta-feira, após o jogo contra o Coritiba, escrevi aqui no blog que o Galo é um time muito difícil de ser batido. E isso ficou muito claro ontem. O Vasco, bem montado e também com vários jogadores experientes, soube segurar o jogo e, mesmo com o Atlético criando mais chances, não se desesperou e tentou aproveitar os contra-ataques e as faltas próximas à área. Sabendo dessa postura do rival carioca, o Galo foi paciente, colocou mais vezes a bola no chão e colocou várias vezes em risco o gol de Fernando Prass.

Com Pierre em campo, o time ganha uma consistência maior na marcação e, naturalmente, o futebol de peças como Marcos Rocha cresce. O lateral voltou a ser uma boa opção para puxar contra-ataques e participar de lances ofensivos. Ontem, várias vezes foi visto no meio-campo, como uma meia de ligação - precisa, em alguns momentos, evitar toques desnecessários,  como os de calcanhar que tentou ontem.

Com  Ronaldinho querendo jogo e buscando até jogadas individuais, o Atlético levou perigo ao gol do Vasco desde o início da partida. Mesmo um pouco apagado, Guilherme participou de alguns lances e é sempre muito preciso quando tem a bola nos pés. As brechas que o Vasco deu na marcação foram aproveitadas pelo Atlético por chances perigosas criadas. Em uma delas, no primeiro tempo, Jô finalizou muito mal. Não perderia a próxima chance que teve.

De tanto acuar o Vasco em seu campo de defesa, o Galo conseguiu seu gol com Jô no segundo tempo, após bela jogada de Ronaldinho. A entrada de Escudero ajudou e muito a equipe a manter a posse de bola, a trocar passes com paciência e manter, desde o ataque, um sistema de marcação bem eficiente - com direito a uma ou outra chegada ainda ao gol rival, com perigo, inclusive em lances de bola parada. O Vasco criou uma chance ou outra, aproveitou em alguns momentos a lentidão da zaga alvinegra, mas nunca foi superior ao Atlético durante o jogo. E quando o time carioca chegou à área do Galo, em nenhum momento houve afobação ou desespero para resolver o lance.

Mais uma vez, a vitória foi fruto de um jogo experiente, de paciência e tranquilidade, de quem está sabendo lidar com a pressão e com a necessidade de vencer em casa e de conseguir bons resultados fora de BH. A receita vem sendo cumprida com louvor pelo time de Cuca.

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