Obediente taticamente, Galo vence no Rio


O Atlético mais uma vez inverteu a lógica da programação de todos ao vencer o Fluminense sábado, no Engenhão. Já tinha sido assim contra o Santos, quando o time se superou e venceu o time paulista depois de apenas empatar contra Ceará e América, jogos em que torcida, jogadores e comissão técnica contavam com seis pontos. Mesmo desfalcado, o Fluminense briga pelo título e uma vitória como essa pode dar o gás necessário para o Galo começar a se salvar.

E assim como aconteceu contra o Santos, o time foi obediente taticamente no Rio de Janeiro. Com uma formação diferente, com Mancini no meio ao lado de Daniel Carvalho e Bernard mais livre para chegar a André, o Atlético soube como fazer a bola chegar aos meias para vencer o jogo. Mas, para fazer a bola chegar aos meias, a marcação tem que funcionar. E para funcionar no Galo, o time tem que ter Pierre.

Pierre é o homem que alivia o trabalho da defesa, faz a cobertura dos laterais com precisão e libera Fillipe Soutto para dar o primeiro combate e a consequente ligação com os meias. Para a defesa se manter protegida, outro jogador fundamental é Triguinho, que atua como um terceiro zagueiro, reforça a marcação e permite que Carlos César suba para auxiliar o ataque. Isso tudo muito bem assessorado por Réver, que dá ao setor a tranquilidade necessária.

Com a defesa segura, cabe aos meias a criação. E, mesmo pegando pouco na bola, Daniel Carvalho resolve. Bateu o pênalti com precisão, serviu com categoria o até então sumido André e deu um passe preciso para Mancini no segundo tempo, mal aproveitado. Bernard, livre para correr, é um tormento para as defesas adversárias.

A atuação de sábado foi boa, o time mostrou disposição e taticamente se comportou bem. Saiu da zona do rebaixamento e mostrou que, quando é aplicado, pode dar resultados. Claro que ainda faltam muitos ajustes e pontos para se livrar de vez do fantasma da queda, mas uma vitória fora de casa como a do final de semana é mais do que uma energia positiva. Cabe a Cuca saber usar as peças que tem em mãos. A salvação passa por Pierre, Réver, Triguinho, Bernard e Daniel Carvalho.

Comentários