Cruzeiro, na raça, vence e inicia recuperação


Depois de passar todo o segundo turno em jejum, o Cruzeiro conseguiu vencer na hora certa no Campeonato Brasileiro. O time amanheceu na zona de rebaixamento, tinha desfalques, ficou duas vezes atrás no placar e ainda assim, na base da raça, fez 3 a 2 ontem no Atlético-GO, em Sete Lagoas. Uma derrota em um momento como esse daria uma verdadeira ducha de água fria na equipe e na torcida e poderia ser, psicologicamente falando, um trauma difícil de ser superado.

A tática para vencer foi uma só: raça. O time mostrou uma vontade fora do comum e teve zagueiro que foi atacante, meia que foi lateral e atacante que jogou na defesa. Taticamente desorganizado, o Cruzeiro deu espaços demais para o time goiano, que se fosse melhor tecnicamente, poderia ter definido o jogo em vários momentos de apagão do Cruzeiro.

Mesmo com três zagueiros, o Cruzeiro permitiu que o adversário se aproximasse do gol. Muito disso aconteceu em função dos erros de passe e de posicionamento de Vítor e Marquinhos Paraná. Com a entrada de Roger, o time passou a ser mais compacto e a bola começou a chegar com mais qualidade a Montillo, que se aproximou dos atacantes, fazendo com que passassem a produzir mais.

Na base da garra e com a corda no pescoço, o time acordou, conseguiu uma virada que pode dar a força necessária para a equipe fugir da situação em que se encontra. Os dois gols de Anselmo Ramon em oito minutos, a disposição de Farías, a entrega de Montillo e a vontade de Fabrício foram fundamentais. Valeram os três pontos, a virada e o início da recuperação. Mas, para se salvar de vez, o Cruzeiro precisa de uma tática que lhe dê vitórias sem sufoco. Nem todos os times que terão pela frente darão tantas chances como o Atlético-GO. Mas o primeiro passo foi dado.

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