Um balanço da primeira fase da Copa América



O regulamento da Copa América nos faz lembrar daquelas fórmulas geniais criadas pelos cartolas brasileiros, que permitem que oito entre 12 times se classifiquem de uma fase para a outra. E é exatamente essa a proporção que acontece no torneio sul-americano. Mais do que exaltar os classificados, merece destaque negativo as seleções que conseguiram a proeza de serem eliminadas. São elas a equipe reserva da Costa Rica, a Bolívia, hoje a pior seleção sul-americana, os reservas do México e frágil Equador.

E o que esperar agora da competição? No sábado, teremos o encontro de Colômbia e Peru e o aguardado Argentina x Uruguai. Daí vai sair um finalista. Estrategicamente, aliás, porque mesmo sendo segunda colocada em seu grupo, a Argentina só enfrenta o Brasil na final - isso mesmo que o Brasil fosse segundo lugar no grupo.... Os colombianos foram, ao lado dos chilenos, os que mais me agradaram até agora. Ofensivos, rápidos e habilidosos, os colombianos têm o perigoso Falcao García e uma defesa mais consistente, a única que ainda não sofreu gols até agora. O Peru evoluiu em relação às últimas competições oficiais, mas ainda comete erros inocentes. Dá Colômbia.

No choque dos maiores campeões da Copa América, com 14 conquistas cada, a Argentina tem um osso duro pela frente. O Uruguai não brilhou, mas tem uma seleção mais consistente e entrosada que os donos da casa que, por outro lado, têm Messi e jogadores mais habilidosos. Evidentemente que terá um apoio maciço, mas também mais pressão. Não surpreenderei se o Uruguai conseguir a vaga.

Do outro lado das quartas de final, o curioso encontro de Chile e Venezuela. O Chile, que poderia sentir a ausência de Bielsa, manteve o nível com Borghi no comando. Assim como a Colômbia, é um time ofensivo, mas tenho ressalvas ao comportamento da defesa, muito irregular e com falhas constantes no currículo. É favorita diante de uma Venezuela guerreira, que sabe das suas limitações. Mas que também aprendeu a jogar, dando menos espaços e concluindo com mais qualidade.

Para encerrar, o novo duelo entre Brasil e Paraguai. Apesar de ainda estar em formação, a Seleção Brasileira tem mais time e é favorita. O time de Mano Menezes comete erros constantes e está longe de um entrosamento. Maicon aumentou o nível na lateral direita ontem, contra o Equador (veja mais detalhes do jogo acima, na arte de Frederico Ribeiro). Mas ainda acho André Santos irregular demais. Ramires está longe do bom futebol que todos conhecem, assim como Julio Cesar, e Ganso não desencantou. Robinho alterna bons e maus momentos e o ponto positivo reside nos pés de Pato e Neymar, até agora os mais capazes e eficientes. Se resolverem individualmente, crescem as chances. Como time, muito pouco até agora. Os paraguaios oscilam entre um ataque efetivo (o segundo melhor, atrás do Brasil) e uma defesa inconstante (a pior, ao lado de Equador e Bolívia). Mas é forte na marcação e vai esperar a hora certa para atacar o Brasil. Jogo duro.

Comentários

  1. Finalmente a seleção conseguiu vencer, foi sofrido, mas nos garantimos nas quartas. Espero que o time melhore nos próximos jogos.

    Abraços,

    www.jogosarsenalfc.blogspot.com

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