O final de semana de Cruzeiro, Atlético e América



Mais uma vez, neste final de semana, os três times mineiros têm tudo para fecharem a rodada do Campeonato Brasileiro com resultados positivos. O Cruzeiro foi o maior favorecido pela tabela, porque pega um Santos que está com a cabeça toda voltada para a final da Copa Libertadores e manda à Arena do Jacaré um misto. É o único time de todo o Brasileirão que tem um outro torneio para se preocupar. O América, ainda em formação, encara o limitado Avaí, lanterna do torneio e dono da pior defesa. Nada melhor para tentar se recuperar, né? Dos três, o que terá o desafio mais complicado é o Atlético. Não que o Bahia seja uma máquina de jogar futebol, mas tem uma grande torcida, que faz pressão, a estreia do ex-atleticano Ricardinho e a possível inclusão de Jobson. Os dois, com certeza, motivados por encarar o ex-time.

Cruzeiro
Chance melhor para o Cruzeiro se recuperar não há. Joga em casa contra um time até agora desligado do Brasileirão e sem seus melhores jogadores. Para favorecer ainda mais, a equipe de Cuca volta a ser formada com um esquema que trouxe muitos bons resultados: a utilização de três volantes. Fabrício, Marquinhos Paraná e Henrique jogam juntos há muito tempo e Fabrício tem mais técnica e quaidade para se aproximar de Montillo e, ao mesmo tempo, liberar o argentino para criar mais. Gilberto, na lateral esquerda, será um bom ponto de apoio. No ataque, Anselmo Ramon desde o início pode ser bom. Foi o jogador mais esforçado do time nos últimos jogos e não vai querer desperdiçar essa chance. Com Montillo mais livre, a chance das bolas chegarão com mais qualidade ao ataque.

América
O América tem o mesmo número de gols marcados do que o líder São Paulo, 4, e dois desses gols foram feitos por Alessandro, que, justamente, assume uma vaga no ataque do Coelho, que, por outro lado tem a segunda pior defesa do campeonato, com 8 gols sofridos. Só é melhor do que a do Avaí, que tomou 10. O time catarinense estreia o técnico Alexandre Gallo, que acho limitado. O cenário permite que o América consiga um bom resultado em Florianópolis. O fato é que, como ainda está em formação e sempre com um ou outro jogador estreando (no caso, o lateral-esquerdo Gílson) ou com mudanças no time titular, o Coelho demora mais a engrenar. Com Rodriguinho e Alessandro, o time é mais veloz e pode criar boas chances, especialmente nos contra-ataques. Dudu, de volta ao time, tem que se segurar e cometer menos faltas.

Atlético
O Galo não terá algumas peças importantes contra o Bahia. Patric, contundido exatamente no momento em que estava em crescimento, será uma ausência sentida. Até pelo fato de Rafael Cruz ser seu substituto imediato. A fragilidade de Rafael, para mim, é mais do que suficiente para Dorival não o escalar. Serginho, improvisado, é melhor opção. A outra perda é grave. Filipe Soutto vai ficar seis semanas fora e não tem um jogador no elenco com características semelhantes. Soutto é mais marcador, atua mais fixo, ao contrário de Richarlyson, Serginho, Gilberto, Toró e Dudu Cearense. Era outro que estava em um bom momento. Mantendo o esquema com três volantes, o Atlético terá jogadores com características mais ofensivas, que podem ajudar Giovanni a criar mais e, consequentemente, fazer com que a bola chegue com mais qualidade ao ataque, que não terá Guilherme. Magno Alves não atua bem como referência e Mancini foi figura apagada na quarta. Berola ou Jonatas Obina? Opções limitadas na minha opinião, mas que poderiam ser testadas para tentar vencer o Bahia em Pituaçu.

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