Empate entre América e Cruzeiro: ruim para os dois

No jogo que deveria ser marcado pela recuperação de um ou de outro, América e Cruzeiro ficaram no empate ontem em Sete Lagoas e continuam em situação ruim no Campeonato Brasileiro. O jogo mostrou, mais uma vez, os erros dos dois times, o que muito explica o fato de estarem na parte inferior da tabela - o Cruzeiro, aliás, pode terminar a rodada em último lugar, caso Avaí e Atlético-PR saiam de campo vitoriosos hoje à tarde. Veja mais detalhes jogo acima, na arte de Frederico Ribeiro.

O América teve uma boa atuação de maneira geral, jogando em nível superior ao que vinha mostrando até aqui. Claro que o clássico estadual gera uma motivação a mais para a equipe, que chegou a ser superior ao Cruzeiro em vários momentos. Mas o Coelho ainda comete erros grosseiros e, nitidamente, sente muita falta de Marcos Rocha. Sua ausência faz o América perder demais em termos ofensivos e o time fica muito torto. Otávio, improvisado, deu muitos espaços e o time melhorou quando Sheslon, jogador da posição, entrou em campo. Do outro lado, Gilson mostrou velocidade, mas errou demais (inclusive no gol do Cruzeiro) e foi pouco efetivo.

No meio-campo, o América sentiu falta de um jogador criativo. Leandro Ferreira tentou carregar a equipe, mas foi pouco auxiliado por Rodriguinho, sumido, e pelos erros de Dudu, que voltou a abusar das faltas e correu o risco de ser expulso mais uma vez. Marcou Montillo em cima, mas com excesso de força. Amaral poderia ter saído mais e quando foi ao ataque, participou do gol de Fábio Júnior, outro que precisa mostrar mais mobilidade. Mais fixo e com Alessandro em noite ruim, poderia ter tido uma produção melhor. No geral, o Coelho foi bem, mas ainda falta algumas peças, sem falar que o entusiasmo tem que ser repetido em jogos contra times de outros estados.

Já o Cruzeiro deveria criar mais. Um time com o poderio ofensivo e com jogadores de qualidade no elenco não pode chutar tão pouco a gol. Assim como no caso do América, foi um volante quem pegava a bola na defesa e fazia a ligação com o ataque, muitas vezes concluindo. Fabrício foi esse personagem, firme na marcação e com qualidade na chegada ao ataque. Foi muito mal assessorado por Henrique, que fez uma partida muito fraca, com erros excessivos de passe e pouca produção ofensiva. Marquinhos Paraná, mais fixo, fez bem o trabalho de cobertura das laterais, especialmente quando Gilberto se mandava para o ataque.

Na frente, Wallyson, sempre veloz, deu as opções de costume, mas Anselmo Ramon, desta vez, sumiu entre os zagueiros do América. Montillo, por sua vez, chamou o jogo, mas foi mal nas conclusões. E, como as opções de banco do Cruzeiro são bem inferiores aos titulares, o time se ressentiu na hora de mudar. Dudu e Brandão pouco fizeram e o Cruzeiro não variou muito as jogadas. Pouco criativo fica mesmo difícil vencer.

Comentários

  1. Avaí e Atlético-PR se enfrentam! Apesar da torcida da imprensa, o Cruzeiro não fica em último agora.

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