América e a derrota em oito minutos



O América pagou caro por transferir seu mando de campo para Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, local repleto de gaúchos. Para o Internacional, foi uma beleza. Com a torcida a seu favor, o Inter venceu com tranquilidade um jogo que o América poderia ter somado pontos se jogasse em Sete Lagoas, onde teria mais torcedores em um local onde conhece o gramado.

O Coelho voltou a mostrar os erros de conclusão que têm marcado a performance do time até aqui no Campeonato Brasileiro. O time teve uma chance antes de o Inter resolver o jogo em oito minutos, com os gols de Oscar (2) e D´Alessandro. Depois, o América foi presa fácil e, mesmo mostrando vontade no segundo tempo, não teve como mudar a história do jogo. Os 4 a 2 ficaram até de bom tamanho pelo cenário que estava se desenhando.

Alguns pontos positivos, porém, podem ser destacados. O time ganha muito com Marcos Rocha, especialmente ofensivamente, quando aparece ainda mais. Rodriguinho também dá muitas opções e sempre tenta uma jogada rápida e ofensiva. Tem que ser titular, assim como Alessandro, que tem mostrado mais qualidade na definição do que os demais atacantes até agora. De repente, com Fábio Júnior fazendo um pivô, Alesssandro pode dar mais retorno. Lamentável foi o meio-campo americano, exceção feita a Rodriguinho. Gláuber foi um desastre, enquanto Leandro Ferreira e Amaral estavam perdidos na marcação. Dar espaço para um time habilidoso e rápido como o Inter é suicídio.

Como resultado, zagueiros mais expostos e menos bolas nos pés dos atacantes. Mauro Fernandes percebeu as fragilidades e mexeu no time, mas não a tempo de reverter um placar que foi construído com muita tranquilidade pelo Inter em oito minutos. São efeitos de um time que está sendo montado com o campeonato em andamento, o que sempre é ruim. O tempo é muito curto para acertar. Mauro Fernandes vai ter muito trabalho.

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