Galo: na final e em um bom caminho






O Atlético mostrou ontem em Sete Lagoas o que eu já havia falado aqui no blog logo após o último jogo. O time não é o ideal, está longe de ser o que a torcida espera, mas, inegavelmente, tem mostrado evolução. Contra o América, apesar da vantagem construída no primeiro jogo, o time mostrou tranquilidade e força para virar o jogo mesmo com um jogador a menos. Há pouco tempo, a equipe mostrava pouquíssimo poder de reação e se abatia com gols sofridos e expulsões.




Aos poucos, o time ganha confiança. E o reflexo disso sempre pode ser medido na relação com a torcida, que lotou a Arena do Jacaré e apoiou o time. Uma boa relação entre time e torcida é fundamental para qualquer equipe, ainda mais quando se fala do Atlético. Cabe ao time dar agora ainda mais confiança para fazer da torcida um aliado ainda mais forte. Concordo com todos atleticanos que andam sem paciência ou que perdem ela na primeira derrota. Era para o Galo estar hoje nas fases decisivas da Copa do Brasil e entrando mais forte na final mineira. Foi eliminado pelo Grêmio Prudente e vai enfrentar um adversário que está com o time mais pronto e entrosado na decisão. O título mineiro é bom, ganhar faz bem, mas o Galo precisa usar esse momento para entrar mais forte ainda no Brasileirão e na Sul-Americana.




Mas vamos ao jogo de ontem, cujos detalhes podem ser conferidos acima, na arte de Frederico Machado. A defesa tem ganhado consistência. Werley substituiu bem Leonardo Silva e as laterais crescem de produção. A ressalva fica pela falha de Guilherme no gol do América. Mas ele tem crédito. O reflexo é a maior segurança de Renan Ribeiro. No meio, Felipe Soutto e Serginho fizeram uma bela partida e também ganham confiança. A questão dos meias ainda é problemática. Renan continua inconstante e Giovanni pode mostrar mais. A decisão pode ser um divisor de águas para os dois. Sobre Richarlyson: caso realmente tenha falado bobagem com o juiz, errou. Parece que foi isso o que aconteceu. Um jogador experiente como ele pareceu tolo ao correr em direção ao árbitro e, supostamente, o xingar. Mas ele sofreu a falta, não custa ressaltar. Vai fazer falta no primeiro jogo.



O ataque alvinegro ainda precisa de reparos. Mancini deve render mais jogando como um meia. Magno Alves tem cheiro de gol, se posiciona bem, é um excelente definidor e ainda abre espaços. O time cresce com ele em campo e vai ser difícil tirar ele da equipe para dar vaga a algum dos novos contratados. Uma vaga no ataque está aberta e ela não vai ser de Neto Berola, que rende mais quando entra no decorrer do jogo. Assim, pode ser decisivo contra o Cruzeiro.



Do lado americano, mais uma vez faltou um pouco de experiência, qualidade e tranquilidade para segurar ou ampliar um marcador favorável. Continua previsível e sem peças capazes de mudar um jogo. Está se reforçando para o Brasileirão. O goleiro Neneca, o zagueiro Anderson e o lateral-esquerdo Carleto são bons nomes para o Coelho. Mas muitos outros precisam vir. O time que ter mais opções em vários setores, deve aprender a matar um jogo quando este lhe é favorável. É bem entrosado, sabe jogar junto e tem qualidade muito boa para o Mineiro, mas pouco para o Brasileiro. O momento é realmente de correr atrás de nomes que mudem essa história.

Comentários

  1. Concordo com tudo. Porém faltou dizer que um jogador da idade de Felipe Souto quando faz uma sequencia de partidas no eixo Rio_Sampa é ganha uma dimesão incrível. Então olho nesse garoto junto com serginho que pode em fim evoluir esse meio promete

    ResponderExcluir
  2. Como sempre Jota, excelente análise. Destaque para o futebol de Serginho que cresceu assustadoramente e Fillipe Soutto que surgiu como um belo presente ao meio.

    Será preciso para Montijo e creio que essa missão ficaria bem, nas mãos de Toró.

    Sobre Mancini, definitivamente não é atacante meu amigo. Como você disse: De Meia renderia mais.

    Abraço e esperamos você no "Resenha do Galo"

    Aender Pereira

    ResponderExcluir

Postar um comentário