Cruzeiro: de 5, mesmo com reservas






Que o Cruzeiro estava classificado para a final do Mineiro, todo mundo já sabia. Que o América de Teófilo Otoni estava moralmente abatido pelas duas goleadas anteriores, também. O resultado disso foi o mero compromisso entre as duas equipes hoje, na Arena do Jacaré. Apesar dos seis gols, o jogo não teve lá grandes emoções e nem atraiu tanta gente a Sete Lagoas. Serviu para manter o astral cruzeirense lá em cima, pois, afinal de contas, foi mais uma goleada. A equipe de Cuca é muito bem ajustada e o treinador sabe mexer taticamente com as peças que possui. A vantagem de jogar por dois empates, o melhor momento e o entrosamento fazem do time azul o favorito na final do Mineiro, que não é, óbvio, a prioridade do clube em 2011. Um bom resultado no Estadual motiva o time para a Libertadores, mas um eventual tropeço não pode ter efeitos na competição sul-americana.

Cuca acertou ao entrar em campo hoje com um time praticamente reserva. Primeiro, por poupar os titulares para o jogo de quarta contra o Once Caldas e, em segundo lugar, para dar oportunidades para todos os jogadores do elenco mostrarem serviço. Evidentemente que o entrosamento não é o mesmo da equipe titular e isso se refletiu em alguns momentos sonolentos do jogo. Veja mais detalhes da partida acima, na arte de Frederico Machado.


A partida mostrou a boa fase de Roger, que eu também pouparia, e bons momentos de Dudu e Edcarlos. Léo manteve o bom nível dos últimos jogos que participou e Gilberto, mesmo jogando pouco tempo, dá sempre um toque de classe ao jogo. Mas claro que não era para se esperar do time reserva a mesma qualidade do time titular. A constatação é que alguns setores possuem bons reservas (Léo, Ortigoza, Dudu e Everton, por exemplo) e outros nem tanto (alguns não aproveitaram tão bem assim a oportunidade dada hoje, como Farías e Pedro Ken). Quando todos jogam juntos, claro, o nível cai. Como isso raramente acontece, Cuca tem tranquidade para mexer em uma peça ou outra apenas quando for necessário. Mesmo assim, sem variações táticas como acontecem com a equipe principal, mesmo sem a plasticidade de algumas jogadas dos titulares, o Cruzeiro fez 5 a 1. Prova da força do grupo e da fragilidade do América-TO, que perdeu o rumo na reta final, mas não pode jogar todo o trabalho do ano no lixo por causa disso. A base da equipe é razoável e, com alguns reforços pontuais, pode fazer uma boa Série D.





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