A última rodada do Mineiro definiu a colocação final dos semifinalistas na primeira fase e os rebaixados para a segundona do estadual em uma rodada que trouxe algumas surpresas. A primeira delas, a boa exibição do Atlético depois de uma série de jogos ruins, a despedida melancólica e o consequente rebaixamento do Ipatinga e a incrível virada do Democrata de Governador Valadares.
Vamos por partes. Primeiro, as coisas boas do jogo do Atlético. Dorival Júnior contou com a sorte de Jackson se contundir logo no início da partida. Com isso, a torcida teve a oportunidade de conhecer Giovanni Augusto, meia que chegou a fazer parte do elenco de Vanderlei Luxemburgo em 2010, mas que não tinha jogado. Toques rápidos e inteligentes que dão a esperança de que alguém da base possa assumir de vez uma posição no time. Claro que foi só um jogo, que teve excessos e firulas, mas foi uma grata surpresa. Mancini, Magno Alves e Patric fizeram suas melhores partidas pelo Galo e a zaga, que tomou um gol de cabeça desnecessário, mostrou mais firmeza. O time me pareceu mais compacto, unido e motivado. A goleada de 7 a 1 (veja mais detalhes acima, na arte de Frederico Machado), levanta o moral do grupo, mas, claro não resolve todos os problemas. É favorito contra o América na semifinal.
O Coelho não é favorito, mas será um adversário perigossísimo para o Atlético. Ontem, no triste gramado do Alçapão do Bonfim, enfrentou um time que foi muito bem montado por Wilson Gottardo. O Villa foi eliminado do Mineiro, mas garantiu a vaga na Série D do Brasileirão. Bem trabalhado, o time pode chegar à Série C, o que seria uma grande conquista. O América não terá um jogador importante nas semifinais, o lateral-direito Marcos Rocha, que pertence ao Atlético e não pode atuar contra o clube por força de contrato. Por outro lado, a boa fase de Fábio Júnior, a força da zaga, a técnica de Leandro Ferreira e a velocidade de Luciano podem fazer a diferença. Mas não custa lembrar: o time é bom para o Mineiro, vai bem nos clássicos regionais, mas precisa de mais para o Brasileirão.
Em Uberaba, o Cruzeiro simplesmente administrou a vantagem que tinha e contou com a incompetência do time da casa para sair com a vitória. Com um time muito mudado, era normal que o Cruzeiro tivesse mais dificuldades, mas fez sua parte, venceu e é favorito não só contra o América-TO como para ganhar o Mineiro. O time de Teófilo Otoni jogou muito aberto contra o Atlético e não vai repetir isso no final do semana, em casa, contra o Cruzeiro. É a chance do time tentar uma zebra, na base da empolgação. Já está na Série D, é semifinalista pela primeira vez e cumpriu bem seu papel. Eliminar o Cruzeiro seria mais do que uma zebra, seria um lucro incrível.
Nos jogos que definiram os rebaixados, não faltou emoção. O Ipatinga, em quem eu acreditava, foi muito mal. Só dependia dele mesmo, perdeu em casa para o Tupi, cai de novo para a segunda divisão e já está na Série C nacional. Vai ter que mudar muita coisa para se reerguer. Uma ideia seria a manutenção dos seus técnicos por mais tempo. A incompetência do Tigre foi aproveitada pelo Democrata, que precisou de vencer apenas um jogo no torneio para não cair. Fez 5 a 2 fora de casa no frágil Funorte, mas termina o torneio com a pior defesa, com 28 gols sofridos. Fica na elite escrevendo uma das histórias que só o futebol é capaz de escrever. Fez o último gol a dois minutos do fim, empatou em saldo com o Ipatinga e não caiu porque fez mais gols do que o rival do Vale do Aço. Nada que apague a péssima campanha, mas a reação em um jogo é digna de nota.
No outro jogo da rodada, o que não valia nada, a Caldense venceu o Guarani em casa. Dois times que foram muito irregulares e que poderiam ter feito mais no campeonato.
DATAS DAS SEMIFINAIS
Jogos de ida
Sábado, dia 23, às 18h30 - América-TO x Cruzeiro, em Teófilo Otoni
Domingo, dia 24, às 16h - América x Atlético, em Sete Lagoas
Jogos de volta
Sábado, dia 30, às 18h30 - Atlético x América, em Sete Lagoas
Domingo, dia 1º, às 16h - Cruzeiro x América-TO, em Sete Lagoas
Vamos por partes. Primeiro, as coisas boas do jogo do Atlético. Dorival Júnior contou com a sorte de Jackson se contundir logo no início da partida. Com isso, a torcida teve a oportunidade de conhecer Giovanni Augusto, meia que chegou a fazer parte do elenco de Vanderlei Luxemburgo em 2010, mas que não tinha jogado. Toques rápidos e inteligentes que dão a esperança de que alguém da base possa assumir de vez uma posição no time. Claro que foi só um jogo, que teve excessos e firulas, mas foi uma grata surpresa. Mancini, Magno Alves e Patric fizeram suas melhores partidas pelo Galo e a zaga, que tomou um gol de cabeça desnecessário, mostrou mais firmeza. O time me pareceu mais compacto, unido e motivado. A goleada de 7 a 1 (veja mais detalhes acima, na arte de Frederico Machado), levanta o moral do grupo, mas, claro não resolve todos os problemas. É favorito contra o América na semifinal.
O Coelho não é favorito, mas será um adversário perigossísimo para o Atlético. Ontem, no triste gramado do Alçapão do Bonfim, enfrentou um time que foi muito bem montado por Wilson Gottardo. O Villa foi eliminado do Mineiro, mas garantiu a vaga na Série D do Brasileirão. Bem trabalhado, o time pode chegar à Série C, o que seria uma grande conquista. O América não terá um jogador importante nas semifinais, o lateral-direito Marcos Rocha, que pertence ao Atlético e não pode atuar contra o clube por força de contrato. Por outro lado, a boa fase de Fábio Júnior, a força da zaga, a técnica de Leandro Ferreira e a velocidade de Luciano podem fazer a diferença. Mas não custa lembrar: o time é bom para o Mineiro, vai bem nos clássicos regionais, mas precisa de mais para o Brasileirão.
Em Uberaba, o Cruzeiro simplesmente administrou a vantagem que tinha e contou com a incompetência do time da casa para sair com a vitória. Com um time muito mudado, era normal que o Cruzeiro tivesse mais dificuldades, mas fez sua parte, venceu e é favorito não só contra o América-TO como para ganhar o Mineiro. O time de Teófilo Otoni jogou muito aberto contra o Atlético e não vai repetir isso no final do semana, em casa, contra o Cruzeiro. É a chance do time tentar uma zebra, na base da empolgação. Já está na Série D, é semifinalista pela primeira vez e cumpriu bem seu papel. Eliminar o Cruzeiro seria mais do que uma zebra, seria um lucro incrível.
Nos jogos que definiram os rebaixados, não faltou emoção. O Ipatinga, em quem eu acreditava, foi muito mal. Só dependia dele mesmo, perdeu em casa para o Tupi, cai de novo para a segunda divisão e já está na Série C nacional. Vai ter que mudar muita coisa para se reerguer. Uma ideia seria a manutenção dos seus técnicos por mais tempo. A incompetência do Tigre foi aproveitada pelo Democrata, que precisou de vencer apenas um jogo no torneio para não cair. Fez 5 a 2 fora de casa no frágil Funorte, mas termina o torneio com a pior defesa, com 28 gols sofridos. Fica na elite escrevendo uma das histórias que só o futebol é capaz de escrever. Fez o último gol a dois minutos do fim, empatou em saldo com o Ipatinga e não caiu porque fez mais gols do que o rival do Vale do Aço. Nada que apague a péssima campanha, mas a reação em um jogo é digna de nota.
No outro jogo da rodada, o que não valia nada, a Caldense venceu o Guarani em casa. Dois times que foram muito irregulares e que poderiam ter feito mais no campeonato.
DATAS DAS SEMIFINAIS
Jogos de ida
Sábado, dia 23, às 18h30 - América-TO x Cruzeiro, em Teófilo Otoni
Domingo, dia 24, às 16h - América x Atlético, em Sete Lagoas
Jogos de volta
Sábado, dia 30, às 18h30 - Atlético x América, em Sete Lagoas
Domingo, dia 1º, às 16h - Cruzeiro x América-TO, em Sete Lagoas
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