Tudo na mesma no Mineiro, menos em Divinópolis

A primeira rodada do Campeonato Mineiro, que vai ser fechada na noite de segunda, com o jogo entre Democrata-GV e América-TO mostrou a mesmice de sempre (vitórias de Atlético e Cruzeiro e tropeço do América) e uma grande surpresa. Ainda estou tentando entender o que aconteceu em Divinópolis. O Guarani, recém-promovido, fez 5 a 0 no Ipatinga, que imaginava que seria um possível candidato às semifinais. Está cedo ainda para definir alguma coisa, mas o cartão de visita do Tigre foi patético.
No sábado, o empate do América com o Uberaba, outro time do interior que pode surpreender, evidenciou que o Coelho precisa - e muito - de qualificar seu elenco. As opções que Mauro Fernandes têm no banco são preocupantes, muito abaixo dos titulares. Ainda tem tempo para mudar a história, contratar e testar a equipe no Mineiro para chegar com mais chances no Brasileiro. Camilo e Eliandro são apostas, um mero início de fortalecimento do elenco.
O Cruzeiro correu riscos contra a Caldense, mais por um início de temporada e falta de ajuste da equipe do que pelas qualidades do time de Poços de Caldas. O clube tem que correr atrás de um lateral-direito urgente, porque Rômulo deu provas de que é, apenas, um bom reserva. Pablo foi uma boa opção como volante. E a dupla Thiago Ribeiro e Wellington Paulista mostrou entrosamento suficiente para definir a partida quando mais se precisou do ataque. Não achei que foi pênalti em Thiago Ribeiro, mas a vitória viria de qualquer maneira. Diego Renan cresce e Dudu mostrou que pode ser uma ótima opção no banco.
Em Montes Claros, o Atlético mostrou a força do banco de reservas. Wesley e Magno Alves foram decisivos para a virada da equipe, que fazia uma partida mediana até conseguir empatar o jogo. O maior problema da equipe ficou evidenciado de cara: Rafael Cruz não tem condições. Serginho, deslocado, é melhor na lateral direita do que ele. Jobson e Renan Oliveira continuam precisando se ligar mais no jogo. A destacar, o futebol de alto nível de Rever e Richarlyson, peças fundamentais da equipe de Dorival Júnior.
O ano está apenas começando e a fragilidade e disparidade técnica do Campeonato Mineiro não podem servir de base. América, Atlético e Cruzeiro não podem se iludir com exibições no estadual. Devem usar o torneio apenas como um laboratório para o Brasileiro, testar jogadores e entrosar a equipe. O Cruzeiro tem um time mais entrosado, o Atlético monta uma nova equipe e o América dá provas de que ainda tem muito a melhorar para a competição nacional.

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