Atlético: motivos para sonhar alto em 2011



Um dos clubes que mais investiu em 2011, o Atlético tem no Campeonato Mineiro a chance para Dorival Júnior fazer todos os testes possíveis em prol dos principais objetivos do clube na temporada: ganhar títulos de expressão. Basta lembrar 2010. O Galo venceu o estadual, mas o que mais marcou o ano foi a luta para não cair no Brasileiro, o que prejudicou a participação na Sul-Americana. Na Copa do Brasil, o time caiu para o Santos de Neymar e Ganso, dirigido exatamente por Dorival.

O clube manteve seus principais jogadores, à exceção de Obina, e trouxe vários bons reforços. A euforia da torcida faz sentido pelo menos no papel. A questão é saber se Dorival conseguirá encaixar a equipe o mais rápido possível. O fato de o treinador ter virado o ano já no comando e de ter recebido os reforços ainda durante a pré-temporada vai ajudar e muito na montagem do time. Fundamental também é a construção de um elenco. Poucos clubes no país podem contar com reservas de excelente qualidade e isso pode fazer a diferença especialmente nas principais competições.

O Atlético tem uma espinha dorsal considerável. Tem um excelente goleiro, Renan Ribeiro, um zagueiro de Seleção Brasileira, Rever, um volante forte na marcação e com boa saída de bola, Richarlyson (que não deve ser desperdiçado na lateral), um meia de qualidade, Diego Souza, e um artilheiro de primeiro nível, Tardelli. Junte-se a eles Leonardo Silva, que se repetir as atuações pelo Cruzeiro formará uma bela dupla de zaga com Rever, Mancini, que pode atuar como meia-atacante, e Jóbson, veloz e bom finalizador.

As laterais ainda são uma incógnita. Patric é uma aposta e Leandro é regular, mas pode jogar mais do que jogou em 2010. Acredito que Dorival utilizará dois volantes e dois meias. Toró e Serginho são boas opções, especialmente o primeiro, que tem mais qualidade na saída de bola. Zé Luís também pode ser usado, mais fixo. Renan Oliveira, se estiver ligado, e Ricardinho concorrem com Mancini por uma vaga ao lado de Diego Souza. No ataque, a perda da referência que era Obina (inclusive no quesito identificação com a torcida) ainda não foi recuperada. Por outro lado, o time ganhou em velocidade. Opções para o banco como Neto Berola e Magno Alves comprovam isso.

Na teoria, um excelente elenco, um técnico de ponta e uma diretoria que deu condições de trabalho. Na prática, cabe a Dorival Júnior dar padrão de jogo e competitivade à equipe. Capacidade para isso ele tem. Não custa é lembrar que o Campeonato Mineiro é só um laboratório para voos mais altos.

Crédito da foto: Bruno Cantini/Atlético

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