A interminável história da unificação dos títulos que tanto ocupou espaço na imprensa nos últimos tempos para mim não passa de uma bobagem. Considero Bahia, Santos, Cruzeiro, Botafogo, Palmeiras e Fluminense campeões nacionais, sim, entre 1959 e 1970. Mas não são títulos que se equiparam ao Campeonato Brasileiro. Equiparar as conquistas da Taça Brasil, então, são absurdas. O Santos foi pentacampeão jogando 12 jogos! Os times paulistas e cariocas entravam diretamente nas semifinais. Times gaúchos e mineiros, por exemplo, jamais poderiam fazer uma final, já que obrigatoriamente se matavam antes. Enfim, a lista de absurdos não cabe nessa coluna. E, aqui, alguém pode me responder qual é o campeão brasileiro de 1967? O Palmeiras ou o Palmeiras? Ou os dois? Afinal, o time do Parque Antártica ganhou a Taça Brasil e o Robertão... E em 1968, quem é? O Santos campeão do Robertão ou o Botafogo campeão da Taça Brasil?
O Robertão, ou Taça de Prata, ainda tinha um caráter mais próximo do que viria a ser o Campeonato Brasileiro, mais abrangente, nacional mesmo, implantado em 1971. A reivindicação, neste caso, seria mais justificável. Mas, ainda assim, eu discordo.
Se é para unificar tudo, Paulista, Santo André, Criciúma e Juventude podem começar a confeccionar as faixas de campeão brasileiro, já que venceram a Copa do Brasil, torneio equivalente (e muito mais abrangente e democrático) do que a Taça Brasil. São campeões nacionais, sim, só que em outro nível. Justíssimo aqueles que venceram as competições da década de 1960 se considerarem campeões nacionais. Mas campeões do Campeonato Brasileiro eles não são.
Se a moda pega, vai ter campeão do Rio-São Paulo pedindo unificação, afinal não era o embrião do Brasileirão?
O Robertão, ou Taça de Prata, ainda tinha um caráter mais próximo do que viria a ser o Campeonato Brasileiro, mais abrangente, nacional mesmo, implantado em 1971. A reivindicação, neste caso, seria mais justificável. Mas, ainda assim, eu discordo.
Se é para unificar tudo, Paulista, Santo André, Criciúma e Juventude podem começar a confeccionar as faixas de campeão brasileiro, já que venceram a Copa do Brasil, torneio equivalente (e muito mais abrangente e democrático) do que a Taça Brasil. São campeões nacionais, sim, só que em outro nível. Justíssimo aqueles que venceram as competições da década de 1960 se considerarem campeões nacionais. Mas campeões do Campeonato Brasileiro eles não são.
Se a moda pega, vai ter campeão do Rio-São Paulo pedindo unificação, afinal não era o embrião do Brasileirão?
Fred, a coisa desandou. Propósito político, claro. É a CBF querendo trabalhar suas coesões políticas na tentativa de diminuir conflitos internos entre os clubes federados. Já que virou bagunça, não acho válido o ano usado como referência inicial: 1959.
ResponderExcluirPeraí. O futebol é do século XIX. Não "nasceu" em 71 e muito menos em 1959. Se unificou, que faça de tudo então.
A Copa dos Campeões do América MG em 1948 foi conquistada em cima de Vasco, campeão dos campeões sulamericanos, Atletico MG, campeão mineiro de 47 e São Paulo, campeão paulista de 47, pode ter a mesma proporção de números de disputantes que a taça Brasil de 66, além do mesmo impacto nacional ( amplitude) e por ser o único torneio de alcance nacional considerando a infraestrutura da época...podemos reivindicar esse título para o América MG também ( aos mesmos moldes que a trocida atleticana está comentando sobre o de 1937).
Virou uma questão de "afagos" institucionais.
Não concordo com isso, mas já que é para fazer, que façam para todos, sem discriminação.
Essa é a bagunça do futebol brasileiro: Palmeiras, bicampeão do mesmo ano.