Maradona faz bem para a Copa


Em um momento em que as entrevistas coletivas estão cada vez mais pasteurizadas e que jornalistas seguem normas rígidas até para perguntar os entrevistados, nada melhor do que ter Maradona no pedaço. Polêmico, arrogante, mas capaz de segurar uma maçã durante uma coletiva, de matar uma bola com o calcanhar durante uma partida e de apimentar as entrevistas, que mudam de cara quando o treinador argentino é o foco.

Fora de campo, dirige uma Argentina muito habilidosa e produtiva do meio-campo para frente, mas em alguns momentos sofrível na defesa. O erro de DiMichelis contra a Coreia hoje evidenciou isso ainda mais, mas o jogador do Bayern não é o único presepeiro que joga lá atrás. Jonás Gutierrez e Heinze são limitados e Samuel, lento. Se o talento da frente for maior do que as presepadas lá atrás, a Argentina pode ir longe.

No outro jogo do grupo, não consigo esconder - até agora - a minha surpresa pela vitória da Grécia, construída a partir do momento em que Kaita foi tolamente expulso. Aliás, historicamente, jogadores africanos se descontrolam em momentos decisivos. Pelo momento histórico (primeiros gols e primeira vitória em Copas), parabéns para a Grécia. Pela forma de jogar, perde o futebol.

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