O time de Dunga vai ter o seu maior teste na sexta-feira, no já esperado confronto contra a Holanda. Será a chance de o técnico conseguir comprovar a nítida evolução que a equipe mostrou contra o Chile. A opção por Ramires e Daniel Alves trouxe inúmeros benefícios. Não deixou Gilberto Silva sobrecarregado - muito pelo contrário, o jogador do Panatinaikos até arriscou chutes e cabeceios. Fez Kaká ter mais liberdade também e quando ele joga mais solto, produz mais para o time, vide o passe para Luís Fabiano marcar o segundo gol. De quebra, a formação deu mais segurança à defesa.
Dunga terá que se virar para substituir Ramires, infantilmente punido com o segundo cartão amarelo. Entre os jogadores que estão lá, Kléberson é o que mais se aproxima, pelas características, da função exercida pelo meia do Benfica. Se Elano tiver condições, deve voltar ao time, mas também pode ser usado mais recuado.
Por outro lado, mais uma vez o desempenho de Michel Bastos deixou a desejar. Fraco na defesa, inconstante no apoio, é um ponto fraco da seleção. Gilberto, mais experiente, pode dar consistência ao lado esquerdo da defesa do Brasil. Ainda mais levando em conta o fato de que, agora, não tem mais Suazo e companhia pela frente, mas, sim, Robben, Sneijder, Kuyt e Van Persie. Erros podem ser fatais. Acho que a Holanda não vai partir para cima, mas quando o fizer, terá gente de qualidade para resolver. E aí que mora o perigo.
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