Impressões argentinas

Estive nos últimos dias em Buenos Aires, uma cidade que todos sabem o quanto respira futebol. Uma diferença básica eu constatei, de maneira geral, em relação à atitude dos hermanos quanto ao time de Diego Maradona: apoio incondicional. Existem críticas ao trabalho do ex-craque como técnico, mas na hora da Copa do Mundo, torcida não vai faltar. Resumindo, pelo menos em termos futebolísticos, os argentinos são muito mais nacionalistas que os brasileiros. A quantidade absurda de camisas da seleção na rua só ratifica isso. As capas dos jornais com os campeões europeus Milito, Zanetti, Samuel e Cambiasso idem.
Mas o que esperar da equipe na África? Ontem, dentro dos festejos do bicentenário da independência do país, a Argentina fez 5 a 0 no Canadá. Ok, o Canadá teria pouca chance até se jogasse o Campeonato Mineiro, mas a formação ofensiva e extremamente habilidosa da equipe pode dar bons resultados. E abriu mão de Messi, Verón e Aguero.
A técnica dos meias e volantes, especialmente Maxi Rodríguez e Di Maria, e a aproximação destes com os atacantes (ontem, Tevez e Higuaín) é de se admirar. Sim, o time tem Heinze e Burdisso e o goleiro nem sempre é um porto seguro (Romero). Mas, com um time menos estimado do que os que voltaram mais cedo para casa em 2002 e 2006, eu arriscaria a dizer que pelo menos uma semifinal não será surpresa.

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