Cruzeiro 0 x 0 Atlético - a decisão marcada pelo duelo tático


Uma decisão marcada por um forte duelo tático. Esse foi o tom de Cruzeiro 0 x 0 Atlético, jogo de ida da final do Campeonato Mineiro, realizado hoje no Mineirão. Tendo que reverter a vantagem do adversário na decisão (jogar por dois empates ou vencer e perder pela mesma diferença de gols), o Cruzeiro foi mais agressivo na maior parte do jogo, enquanto o Galo atuou com mais cautela e chegou mais perto do gol apenas na etapa final. Domingo que vem, um empate no Independência dá o título ao Atlético. O Cruzeiro precisa vencer para voltar a ser campeão estadual depois de três anos.

Defesas levaram vantagem no clássico deste domingo. Foto: Bruno Cantini/ Atlético


Cruzeiro ofensivo
No primeiro tempo, com o quarteto Arrascaeta, Thiago Neves, Rafinha e Rafael Sóbis, apoiado pelo lateral-esquerdo Diogo Barbosa e com Hudson participando das jogadas ofensivas, o Cruzeiro tomou a iniciativa e se arriscou mais, especialmente em chutes de longa distância. O mais perigoso deles, de Rafinha, aos 23 minutos, foi defendido por Victor. A equipe celeste forçou as jogadas pelo lado esquerdo de seu ataque, o que levou Roger a inverter as posições de Maicosuel com Marlone, passou a jogar mais pelo lado direito atleticano para tentar conter as subidas do Cruzeiro.

A movimentação dos meias e as tentativas de contra-ataque levaram perigo à defesa atleticana, que teve Gabriel como seu maior destaque. Veloz, o zagueiro foi eficiente nas coberturas e foi bem nas bolas aéreas. O Galo, que não teve nenhum escanteio a seu favor, teve seu lance mais perigoso em um longo lançamento de Fábio Santos para Fred, que quase dominou na cara de Rafael.

Atlético cria chances
Em pouco menos de 15 minutos do segundo tempo, o Atlético fez mais do que em toda a primeira etapa. Em uma tabela com Marcos Rocha, Elias chutou mal na entrada da área, aos 5, enquanto Gabriel completou com perigo um escanteio (o primeiro do Galo no jogo) aos 14. As entradas de Otero e Cazares ajudaram o Atlético a ter mais posse de bola, mas ainda assim o Cruzeiro, já com um jogador de referência na área, Ábila, teve chances com o próprio argentino e com Arrascaeta, uma defendida por Victor e outra em um chute de fora da área que passou perto da trave atleticana.

Na etapa final, mesmo sem se expor, o Atlético trocou mais passes e ficou ainda mais firme na marcação com a entrada de Adilson, volante que ajudou a bloquear os espaços criados pelo Cruzeiro, que foi assustar só nos acréscimos, quando Rafael Sóbis cobrou uma falta com muita força e Victor espalmou. Antes, Fred teve uma grande chance, aos 33 minutos, quando girou dentro da área e chutou rente à trave esquerda de Rafael.

Tabu e curiosidades
Os 38.978 torcedores que pagaram ingresso para ver o clássico viram o Cruzeiro aumentar para oito jogos sua série invicta sobre o Galo - desde abril de 2015, quando o Atlético fez 2 a 1 pela semifinal do Mineiro, também no Mineirão, foram cinco vitórias azuis e três empates. O jogo de hoje, porém, foi o primeiro que o Cruzeiro não fez gols no Galo desde a final da Copa do Brasil de 2014. 


Comentários