Lato, o artilheiro de uma época de ouro da Polônia


Um dos responsáveis diretos pelo melhor momento da história do futebol polonês, Grzegorz Lato foi fundamental para que a seleção de seu país fosse temida na década de 1970 e no início dos anos 1980. Lato, um dos maiores artilheiros da história das Copas, com dez gols, é o personagem deste post, que faz parte da série especial sobre os grandes matadores da história do Mundial, que apresenta desenhos do ilustrador André Fidusi e textos de minha autoria, além de vídeos com gols dos jogadores retratados.

Em 1974, o futebol da Polônia não tinha muito prestígio mundial. Estava fora do mapa mundi da bola desde 1938, quando jogou sua primeira Copa do Mundo - e foi eliminada na primeira fase. Foi quando uma geração talentosa a colocou em destaque. O primeiro indício do que viria aconteceu na Olimpíada de 1972, quando os poloneses conquistaram a medalha de ouro em Munique. Dois anos depois, Lato comandou a equipe que terminaria a Copa da Alemanha em terceiro lugar, fechando o Mundial como artilheiro, com sete gols.



Lato e a Polônia brilharam logo na primeira fase. A estreia, vitória de 3 a 2 sobre a Argentina, teve a participação do meia-atacante, que fez dois gols. Outros dois aconteceram na goleada de 7 a 0 sobre o Haiti, jogo mais tranquilo da primeira fase, que terminou 100% para os poloneses, com a vitória de 2 a 1 sobre a Itália. Na fase semifinal, formada por dois grupos de quatro seleções, Lato fez o gol da vitória de 1 a 0 sobre a Suécia na estreia e o decisivo tento no 2 a 1 contra a Iugoslávia. A Alemanha venceria a Polônia por 1 a 0 e o time polonês acabou disputando o terceiro lugar do torneio com o Brasil. Vitória de 1 a 0, com gol de Lato, e terceiro lugar garantido.

Em 1978, a Polônia voltou a fazer um bom papel e mais uma vez se classificou para a fase semifinal. Na primeira fase, após um empate em 0 a 0 com a Alemanha, a Polônia venceu a Tunísia por 1 a 0, gol de Lato. Para garantir a classificação, um 3 a 1 sobre o México. Na segunda fase, a semifinal, a Polônia estreou com derrota de 2 a 0 para a Argentina e se recuperou com a vitória de 1 a 0 sobre o Peru. Se despediu da Copa com uma derrota de 3 a 1 para o Brasil, quando Lato deixou sua marca. 

Em 1982, a Polônia chegou pela terceira vez seguida a uma fase semifinal. Após dois empates nos dois primeiros jogos, 0 a 0 com Itália e Camarões, a Polônia desencantou com um 5 a 1 sobre o Peru, jogo que garantiu a primeira colocação do grupo e no qual Lato fez seu último gol em Copas. Na segunda fase, se classificou num grupo que tinha União Soviética e Bélgica, mas parou nas semifinais contra a Itália. Mais uma vez, ficou em terceiro, após derrotar a França por 3 a 2 na disputa pelo 3º posto.

Confira o gol de Lato contra o Brasil, na disputa pelo terceiro lugar de 1974:

Lato fez sua carreira em três clubes. Jogou de 1966 a 1980 no Stal Mielec, da Polônia. Entre 1980 e 1982, no Lokeren, da Bélgica. E entre 1982 e 1984, no Atlante, do México. Fez 100 jogos pela seleção e 45 gols. É o segundo maior artilheiro da história da Seleção Polonesa, com três gols a menos que Lubanski.

Confira os outros artilheiros da série:
Lineker (Inglaterra) - 10 gols
Batistuta (Argentina) - 10 gols
Cubillas (Peru) - 10 gols

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