Os números de Fábio no Cruzeiro e a admiração da torcida por Dida


Ídolo da torcida do Cruzeiro, Fábio vai atingir neste sábado a expressiva marca de 500 jogos com a camisa azul, número digno de aplausos em tempos de pouca identificação de jogadores com seus clubes. Fábio está no Cruzeiro desde 2005 e já ocupa o sétimo lugar da lista de atletas que mais vezes entraram em campo pelo clube. Apesar do reconhecimento de todos em relação à importância de Fábio para o Cruzeiro e do valor da marca alcançada, uma pesquisa feita com meus seguidores no Twitter e também no Facebook deixou claro que, para a maioria esmagadora dos cruzeirenses que participaram, o melhor goleiro que viram com a camisa celeste foi Dida. 





O atual goleiro do Grêmio recebeu 76,25% dos votos, contra 8,75% de Fábio. Os cruzeirenses também se lembraram de Gomes, Raul e André e até mesmo Armando Polisseni, jogador do clube na década de 1920, quando ainda se chamava Palestra Itália, recebeu uma indicação. A balança pesou a a favor de Dida graças às suas atuações decisivas especialmente em dois títulos inesquecíveis para a torcida do Cruzeiro: a Copa do Brasil de 1996 e a Copa Libertadores de 1997. Pelo Twitter, Rodrigo Korac resumiu a preferência: "As defesas na final da Copa do Brasil de 1996 e em toda a Libertadores são inesquecíveis", disse. Para Daniel Castro, Dida foi responsável direto pelas duas conquistas, quando protagonizou milagres. Anderson Olivieri, autor do livro "Cruzeiro nos Anos 90" foi direto. "Dida, disparado. Dificilmente alguém o superará um dia". Na opinião de Daniel Resende,  era quase impossível Dida levar um gol de falta. "Debaixo das traves nunca vi goleiro igual", comentou.


Atuações decisivas de Dida ajudaram e muito o Cruzeiro a vencer a Copa do Brasil de 1996


Mas as atuações de Fábio e a história dele no clube não foram esquecidas pelos entrevistados. Pelo Twitter, Herik Franco, por exemplo, citou Dida, mas ressaltou que Fábio teve uma atuação soberba no primeiro jogo da Libertadores de 2009. Outros também fizeram questão de citar o atual goleiro mesmo quando escolhiam um nome diferente. "O Fábio é mais ídolo, tem mais identificação, mas o Dida foi muito decisivo", comentou Raphael Nobre.


Alguns seguidores mais antigos se lembraram de Raul, goleiro dos títulos da Taça Brasil de 1966 e da Libertadores de 1976 e outros ficaram em dúvida, como Gustavo Andrade, sem definir entre Fábio, Dida e Gomes, goleiro do título brasileiro de 2003. Entre os que optaram por Gomes, a conquista da tríplice coroa pesou. "Ele conquistou tudo", disse Diogo Martins.

Números de Fábio
O que ninguém pode contestar é a importância dos números de Fábio. Com 499 jogos, ele perde para Zé Carlos (633), Dirceu Lopes (610), Piazza (566), Raul (557), Eduardo (556) e Vanderlei (538). Já é o segundo goleiro com o maior número de jogos e tem hoje uma média de 1,16 gol sofrido por jogo. As médias de Raul (0,77), Dida (0,99) e Gomes (1,00), os outros mais citados na pesquisa, são melhores. 


Fábio estreou pelo Cruzeiro em março de 2000, na partida amistosa contra o Universal-RJ no Mineirão. Pouco aproveitado na época, foi negociado com o Vasco e retornou ao clube como titular absoluto em 2005. Conquistou quatro Campeonatos Mineiros (2006, 2008, 2009 e 2011), levantou a Bola de Prata da revista Placar em 2010 e sempre disputou a premiação no topo. Foi figura fundamental e decisiva nas boas campanhas do Cruzeiro (vice da Libertadores de 2009, vice brasileiro em 2010, entre outras) e até em um dos piores momentos do clube, quando correu risco de rebaixamento no Brasileiro de 2011. As defesas de Fábio foram imporantíssimas para a manutenção do Cruzeiro na elite. Boas atuações e um número expressivo de jogos em campo fazem de Fábio uma figura com o nome marcado na história do Cruzeiro.

Fotos Fábio: Vipcomm

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