Os (vários) erros do Atlético na derrota para o São Paulo no Morumbi


Ok, perdeu quando (supostamente) poderia perder, mas o Atlético abusou dos erros em uma partida que o jogou para um confronto complicado na próxima fase da Copa Libertadores. A derrota por 2 a 0 para o São Paulo, ontem, no Morumbi, evidenciou alguns problemas que não apareceram até então na excelente campanha alvinegra na competição. O time, apático e sem criatividade, foi derrotado e ganhou a indigesta companhia do próprio São Paulo no mata-mata que vai começar no dia 1º de maio. 

Sem Tardelli e Bernard, duas válvulas de escape habilidosas do time, Cuca optou pela lógica ao colocar Luan no ataque, mas errou ao escalar Serginho no lugar de Tardelli. O esquema com três volantes, que foi usado ontem pela primeira vez na Libertadores, deixou o time confuso. Serginho, em alguns momentos, se confundia com Marcos Rocha na lateral e, no meio-campo, foi pouco produtivo, pouco ajudando na marcação e nada na criação. Além disso, apático, o time pouco incomodou o São Paulo no primeiro tempo e não soube como administrar o desespero do rival, que tinha que vencer de qualquer forma. Era para cadenciar a partida, tocar a bola e gastar o tempo, mas o Galo deu espaços para o mais motivado São Paulo no primeiro tempo.

Mesmo sem jogar bem, o Atlético segurou o time paulista no primeiro tempo - apesar do fato de o São Paulo ter sido superior. Foi quando aconteceu mais um erro, com a entrada de Alecsandro no lugar de Luan. Mesmo mal, Luan poderia ser uma opção no contra-ataque e a junção de Jô e Alecsandro tornou o ataque pesado e fácil de ser marcado pela defesa são-paulina. Com o meio-campo nada criando, inclusive Ronaldinho Gaúcho, mais difícil ainda de um time conseguir chegar ao gol adversário. Depois do primeiro gol do São Paulo, de pênalti, aos 11 minutos, Neto Berola entrou no lugar do Serginho e o desenho tático ficou ainda mais complicado de se entender. Continuava um buraco no meio-campo e três atacantes estavam nitidamente sem saber qual função exercer. Mais confuso ainda o time ficou com a entrada de Guilherme no lugar de Leandro Donizete.

Com o time aberto, o segundo gol do São Paulo, que continou melhor e foi mais eficiente, foi consequência. Mais uma vez, a jogada saiu pelo lado esquero da defesa alvinegra. Na minha opinião, Júnior César defende melhor do que Richarlyson, questão que pode ser pensada por Cuca para o próximo jogo, quando não terá Leonardo Silva, suspenso pelo terceiro cartão amarelo. Para mim, o zagueiro, pendurado, poderia ter sido poupado, ainda mais se levando em conta que o time já estava classificado.

O mata-mata vai ser diferente, certamente, e a motivação será outra, assim como as partidas tendem a ter um novo estilo. O São Paulo não vai precisar correr igual a um louco pelo resultado em casa e o Atlético terá Tardelli e Bernard. O time paulista não vai ter Luís Fabiano, que joga a partida de volta, em Belo Horizonte, o que resulta em ataque mais veloz no jogo do Morumbi. O Galo não terá Leonardo Silva. Possivelmente o substituto será Gilberto Silva, que é mais lento do que a outra opção, Rafael Marques. A derrota não apaga o brilho de uma campanha muito boa do Atlético na primeira fase. Mas, a partir de agora, é um outro campeonato. Tempo para focar no jogo, esquecer a derrota e a péssima atuação e pensar com cuidado as opções, todos têm. É colocá-las em prática.


Comentários

  1. e mais esta aposta; em guilherme há dois anos que el;e esta ocupando espaço que poderia ser de outro o luan entrou e se assustou e serginho é aquele maluco sem saber o que faz e neto berola já deu o que tinha que dar mais pedido que cego em tiroteio o resto do time que tinha descansado o final de semana inteiro agora é buscar a reação da qual merecemos Galoooooooooooooo

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  2. Acho tb que o Marcos Rocha foi pessimo. Perdeu todas as bolas no primeiro tempo.

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