A incrível virada do Galo em Floripa: vitória para dar ainda mais moral


O Atlético superou ontem o seu maior desafio até aqui no Campeonato Brasileiro e provou que tem um time sólido e experiente o suficiente para conseguir viradas incríveis como a que conquistou em Florianópolis, diante do Figueirense. O adversário catarinense certamente não é a equipe mais qualificada que o Galo enfrentou até agora no Brasileirão, mas impôs à equipe de Cuca a maior adversidade já enfrentada. Virar uma partida em que perdia, fora de casa, por 3 a 1, para 4 a 3 é, até agora, o maior feito do Atlético no torneio. Uma vitória para dar ainda mais moral e encher de confiança os jogadores.

O que parecia ser um jogo tranquilo, com o Atlético dominando a partida e abrindo o placar no primeiro tempo, com Ronaldinho Gaúcho, de pênalti, se transformou em um pesadelo ainda na etapa inicial. Ao contrário do que aconteceu nos outros jogos, muitos espaços foram dados para o Figueira, especialmente pelo lado esquerdo, onde havia um problema crônico de cobertura. Foi por esse lado que saiu o gol de empate, uma inadmissível troca de passes de cabeça diante de uma zaga formada por grandalhões, e o gol da virada, quando o Galo ainda estava desarrumado e permitiu uma troca de passes entre Loco Abreu e Júlio César. E o que estava ruim ficou pior no segundo tempo, quando o time mineiro, apagado, permitiu que o Figueirense fizesse 3 a 1, em uma bola defensável que Victor deixou passar.

Esse era o cenário. A melhor defesa do campeonato, que tinha tomado três gols nos outros oito jogos, já tinha tomado três em apenas um. As modificações pareciam não dar resultado. Guilherme voltava após longo tempo parado e Serginho entrou um pouco afobado. Como fazer para virar a partida? Eis que apareceu talvez a maior característica dessa equipe: a tranquilidade. Aos poucos, os chutões foram trocados pelo toque de bola e o controle da partida foi voltando gradativamente. Em outras épocas, recentes inclusive, o Atlético se desanimava com um placar adverso e ainda era capaz de levar mais gols. Ontem foi diferente.

A qualidade de Ronaldinho na bola parada fez diferença e ele colocou a bola na cabeça de Leonardo Silva, 3 a 2. O entrosamento do ataque e a troca de passes eficiente permitiu que Jô servisse Bernard, 3 a 3. Quando Guilherme, enfim, entrou na partida, aumentaram ainda mais as possibilidades de o time resolver o jogo com qualidade. Em outra troca de passes e em uma jogada que passou pela lateral do campo, como várias outras do time no torneio, Serginho serviu o próprio Guilherme, que fez 4 a 3.

Guilherme fez o gol da vitória e provou 
a força do bom elenco montado pelo Atlético

A partir daí, a tranquilidade imperou. Recheado de jogadores experientes e rodados, o Galo administrou uma vantagem como há muito tempo não fazia. Gastou o tempo, trocou passes, não se intimidou. Mais do que a tranquilidade, característica fundamental para se manter no topo em um campeonato acirrado como o Brasileirão, as imagens de vibração dos jogadores e da comissão técnica após a partida foram importantes. Dão a entender que existe uma união em prol dessa manutenção nas primeiras posições. Parece também que, depois de um bom tempo, tem quem entenda a importância da camisa que veste.  

Foto: Bruno Cantini/Atlético

Comentários

  1. Ponto negativo é a ruindade do Leonardo Silva, péssimo dos péssimos.

    Breno Machado

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  2. Discordo do comentário acima mas respeito,lei Silva não esteve bem ontem mas e muito bom zagueiro.

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  3. Discordo do comentário acima mas respeito,lei Silva não esteve bem ontem mas e muito bom zagueiro.

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  4. Eu acredito que depois do primeiro gol o atlético relaxou muito no jogo e começou a chegar sempre atrasado na marcação, antes do gol o galo chegava sempre primeiro na marcação assim pegou o timer do figueirense. Sabiamente o técnico do figueirense inverteu os meias do figueira. consequentemente desestabilizou o sistema de marcação do atlético. Ai virou 3 atacantes habilidosos do figueira batendo nas duas torres do galo que são bons porem sem recuperação. Ontem vi o Leandro Donizete perdido em campo sem marcar ninguém. segundo tempo demorou um tempo para a equipe se acertar em campo e foi punido com 3 bolas rebatidas e se reparem a jogada toda o Marcos Rocha que foi um dos melhores em campo estava dando combate na lateral na esquerda (o que mostra como estava errada todo sistema defensivo) e não acompanhou o jogador que finalizou a jogada depois de uma rebatida equivocada do Bernard. Depois com a entrada do Serginho equilibrou a marcação alem q pra mim foi fundamental a saída do louco Abreu que ai sobressaiu a melhor técnica dos marcadores do atlético alem da equívoca troca do louco por outro atacante que na minha humilde opinião colocaria mais um marcador pra fechar o meio do time da casa. Quando teve a humildade de marcar e sair tocando a bola foi um vareio de bola consequentemente uma virada histórica. O figueira foi punido com a mesmo pecado do galo a soberba mesma que tinha feito o atlético levar o 3 gols dai se fez a justiça no melhor time pra mim ate agora na competição que o mosquito da soberba não pique o nosso time de novo pois num adversário mais qualificado não conseguiremos a virada que pra mim foi a melhor vitoria do atlético nesse campeonato vitoria de time líder que sabe o que quer no campeonato. Cuca foi fundamental na vitoria, soube mexer na estrutura do time na hora certa mostrando que tem o grupo na mão. Oremos para que consigamos compensar a falta do jo na partida da qualificada mas desarrumada equipe do internacional. Pra mim deveríamos entrar com a equipe do segundo tempo com o Serginho, teríamos mais troca de passes desestabilizando a marcação da limitada zaga do inter.

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  5. A defesa vacilou, mas tem créditos comigo. O time do Galo abriu o placar e achou que a partida estava ganha, mas o Figueirense vem de uma crisa absurda, foi pra cima com tudo e virou. Continue confiando e deu tudo certo. 4x3 fora a raça do elenco e da inteligência do Cuca.

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