Cruzeiro: a derrota em Porto Alegre e a montagem do time

Ainda com a equipe em formação, o Cruzeiro deixou bem claro sábado, em Porto Alegre, quando foi derrotado pelo Internacional por 2 a 1, onde estão suas deficiências. Mesmo com o fato de o time de Celso Roth mostrar, de maneira geral, uma boa consistência defensiva e eficiência nos contra-ataques, o time que, em alguns momentos acuou o Inter em seu campo, carece de algumas peças. E elas já estão no clube, o que pode ser o sinal de mudanças positivas em breve.

Assim como foi contra o São Paulo, um time comandado pela velocidade de Lucas, a defesa azul teve dificuldades com a rapidez de Oscar e Dagoberto. As jogadas do Inter forçaram um ponto até agora deficiente do Cruzeiro, a lateral direita. Léo fez boas exibições por ali no Brasileirão, mas não é do setor. Com um lateral improvisado e volantes lentos, o Cruzeiro deu a brecha para os gols colorados no primeiro tempo. Ceará, que pediu 20 dias para entrar em forma, pode ser a solução. Seu forte é a marcação e sua utilização deixaria de sobrecarregar não só a zaga como o trabalho dos volantes, que se desdobram para cobrir o setor.

Para chegar ao gol adversário, o Cruzeiro conta com a subida de seus volantes, Tinga especialmente, para ajudar Montillo no setor de criação. Quando o argentino tem uma atuação discreta, como ontem, a qualidade de todo o setor ofensivo azul piora. Com a entrada de Souza no jogo de sábado, Montillo apareceu mais para o jogo e dividiu um pouco suas funções. Martinuccio, que no Peñarol participava com eficiência da armação das jogadas e se aproximava dos atacantes, pode ser o jogador capaz de melhorar a chegada das bolas ao ataque.

Ataque que sofreu no sábado com a pouca produção de Fabinho e Anselmo Ramon. Pouco abastecidos, participaram de raros lances de perigo do Cruzeiro, tanto que o gol foi feito por Leo e quem apareceu para concluir em alguns bons momentos azuis foi Tinga e William Magrão - lembrando que, contra o São Paulo, o ataque também passou em branco. O fazedor de gols que não estava no Beira-Rio será Borges, que também cai pelos lados do campo e pode fazer uma boa dupla com Welllington Paulista. Borges tem qualidade para dialogar com Montillo e concluir de forma eficiente os contra-ataques que marcam os times de Roth.

As peças que faltam já estão no clube. Celso Roth é um bom organizador de equipes. As contratações, se não preenchem um elenco 100% equilibrado, foram pontuais, ao contrário de 2011 e do início deste ano. A questão é montar uma equipe com o campeonato em andamento. Ajustando as peças, o Cruzeiro pode fazer um campeonato equilibrado.


Comentários

  1. so não concordo que a dupla de ataque ideal seja WP E Borges no momento fabinho e Borges,se o Walysson volta a jogar ele e o companheiro ideal pro Borges

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  2. Acho Borges e WP um pouco pesado! Oq falta no time é um armador de jogadas, só o Montillo não da pq se for bem marcado anula o ataque do Cruzeiro.

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