História Minimalista das Copas - Parte 3

Uma das séries mais criativas dos últimos tempos, a História Minimalista das Copas, criada por André Fidusi, chega hoje ao seu capítulo final, mostrando de forma sucinta, direta e sutil a história dos Mundiais de 1986 a 2010 através de cartazes que resumem em uma imagem o que foi determinada Copa do Mundo. Para ver os cartazes em um tamanho maior, basta clicar sobre a imagem.

De volta ao México em 1986, a Copa do Mundo foi um torneio de um jogador só. Maradona fez de tudo naquele Mundial, inclusive um de seus gols mais marcantes. E que não foi com o pé... Resumo melhor da Copa do que Fidusi fez no cartaz, impossível.

Copa com um nível técnico bem baixo, o Mundial de 1990 na Itália não deixou saudade. Uma série de empates e uma boa quantidade de decisões por pênaltis marcaram a competição. Aos trancos e barrancos e com um notável desempenho do goleiro Goycochea nas séries de penais, a Argentina chegou à decisão contra a sempre eficiente Alemanha. Os alemães venceram com um gol de pênalti, um raro não defendido pelo arqueiro argentino.

Em 1994, ao contrário das três conquistas anteriores, quando foi comum a Seleção Brasileira dar shows, nos Estados Unidos a equipe de Parreira foi pragmática, sucinta, forte na defesa e eficiente no ataque. E a primeira Copa decidida nos pênaltis acabou, por incrível que pareça, com uma bola chutada nos ares por um dos maiores craques de sua época.

Sem ufanismos, por favor. A Seleção Francesa era muito melhor do que o junta junta comandado por Zagallo, que não conseguiu em quatro anos montar uma base e entrosar a equipe. Mas não dá para não associar aquela Copa ao piripaque de Ronaldo Fenômeno. Reforçada pela ausência do atacante brasileiro, a França deu um baile e levantou a taça pela primeira vez.

O piripaque de 1998 se transformou em uma recuperação brilhante em 2002. Depois de uma gravíssima contusão no joelho, o Fenômeno foi artilheiro da Copa, arrebentou na final, fez gols de todos os jeitos e, junto com Rivaldo, comandou a família Scolari rumo à quinta conquista brasileira.

Uma das imagens mais icônicas da histórias das Copas foi protagonizada de forma negativa justamente por um de seus maiores craques. A bizarra cabeçada de Zidane em Materazzi é bem mais lembrada por todos do que os pênaltis que definiram a quarta conquista italiana.

A insossa Copa de 2010 deixou poucas imagens marcantes. Sim, a Espanha mostrou um bom futebol. A Holanda também. Mas nada inesquecível. A ponto de Fidusi lembrar até das (chatas) vuvuzelas e do polvo Paul, o adivinhão.

Confira os dois primeiros capítulos da série:
História Minimalista das Copas - Parte 1
História Minimalista das Copas - Parte 2

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