Atlético: erros de sempre e nova derrota



Cada jogo parece a repetição de um filme de terror para a torcida do Atlético. Tentar examinar apenas a derrota de ontem para o Vasco, no Ipatingão, se torna menor do que tentar falar algo sobre toda essa participação do clube no Campeonato Brasileiro. Uma história de 11 jogos, com apenas 3 vitórias, 2 empates e 6 derrotas. 11 pontos conquistados contra os cinco piores times da competição até agora, exatamente aqueles que estão abaixo do Galo, que com um elenco caro, jovens promessas, um técnico de ponta e uma estrutura de primeiro mundo está em 15º lugar no Brasileirão.

E pior do que a posição que não condiz com o tamanho do clube e com as condições oferecidas para um bom trabalho, não é nem mais a campanha ruim, que infelizmente, se tornou rotina, mas a ausência de títulos importantes, o tempo que o clube está longe dos primeiros lugares, da disputa direta por conquistas ou, ao menos, de uma vaga na Libertadores.

Ontem, os erros continuaram os mesmos dos últimos jogos. Um time pouco criativo, com um índice terrível de erros de passe, uma marcação frouxa, que deu espaços de sobra para o Vasco criar, e substituições sem sentido. Volto a repetir que, enquanto Dorival Júnior não definir o time titular e seus principais reservas, a coisa tende a piorar. O Atlético tem um elenco com muitos jogadores, um número excessivo se comparado aos demais clubes da Série A. Só para o ataque, para citar um exemplo, o clube tem Guilherme, Magno Alves, Jonatas Obina, Neto Berola, André, Marquinhos Cambalhota, Mancini (que para mim deve ser meia), Wesley e Ricardo Bueno. Nada menos do que nove jogadores, sendo que alguns nem estrearam, outros estão encostados e outros, quando jogam, nada fazem.

Não dá para admitir uma defesa com dois zagueiros de quase dois metros de altura tome um gol de cabeça. Assim como a cobertura péssima feita pelo meio-campo permita que, aos 44 minutos do segundo tempo, um zagueiro tenha que correr atrás do atacante. Leonardo Silva fez a falta fora da área, mas foi imprudente. Os laterais Patric e Guilherme Santos deram todo o espaço do mundo, apoiando mal e atacando pior ainda. Serginho e Richarlyson bateram a cabeça, Caio sumiu e Daniel Carvalho teve poucos momentos de lucidez. Jonatas Obina, que pouco recebeu bolas, batalhou mais, e Magno Alves foi um pouco melhor do que nos últimos jogos, mas, ainda assim, pode mostrar mais. Quando Dorival tirou Jonatas Obina, perdeu o homem de referência e o meio-campo, sem Daniel Carvalho, deixou de criar. Mancini não sabia onde jogava, se no ataque ou no meio e foi mal nas duas funções. Veja mais detalhes da formação do time na arte de Frederico Ribeiro, acima.

Enfim, um time confuso, perdido e desentrosado. Com uma defesa frágil, que é a terceira pior do campeonato. Um ataque pouco efetivo. E um meio-campo totalmente perdido. Todos os times que sonham com algo neste Brasileiro têm um meio-campo efetivo, forte na marcação e com bons criadores. O Galo não tem nenhum nem outro. Dorival tem sua parcela de culpa, se mostra perdido em alguns momentos, mas os jogadores também pouco correspondem. Diminuir o elenco não faria mal. Definir os titulares e os principais reservas também não. Colocar o time nos trilhos também. Mudar essa história é mais do que urgente.


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