A aventura da torcida atleticana no Marrocos - Capítulo 2: Marcando território em Marrakesh


A grande maioria dos torcedores do Atlético que tomaram o rumo de Marrakesh chegou à cidade nos três dias que antecederam o jogo contra o Raja Casablanca. Enquanto os marroquinos vibravam com a chance de enfrentar não só uma equipe brasileira em uma semifinal de Mundial como também o time de Ronaldinho Gaúcho, os atleticanos tratavam de marcar território na cidade. Uma verdadeira multidão tomou conta das ruas da cidade e para onde os olhos apontavam era natural ver um atleticano devidamente uniformizado.

Atleticano mostra a bandeira do clube em passeio de ônibus em Marrakesh
(Foto: Yuri Corrêa)

Aos poucos, a convivência entre marroquinos e brasileiros passou a fazer parte do cotidiano de Marrakesh. Extremamente simpáticos e hospitaleiros, os cidadãos locais brincavam com o que achavam ser impossível: vencer o Atlético. Bastava ver um atleticano na rua para começar os gritos de "Galo" e "Raja", este normalmente acompanhado por um placar favorável aos marroquinos.

Torcedores fazem festa em cima de ônibus de turismo. Confiança era total
(Foto: Yuri Corrêa)
Atleticanos circularam por vários cantos da cidade.
Nos mercados (acima) ou em qualquer esquina (abaixo), o comum era encontrar um alvinegro.
(Fotos: Yuri Corrêa)


Os ônibus de turismo foram um prato cheio para os atleticanos. No segundo andar do veículo, aberto, o hino era cantado e a interação foi a cada dia maior com quem estava na rua. A Fan Fest da Fifa, local onde vários torcedores retiravam seus ingressos, também foi tomada por atleticanos, que sempre faziam questão de portar camisas, bandeiras e cachecóis. Curiosamente, sempre que um grupo de atleticanos se reunia, vários marroquinos estavam ao redor, pedindo para tirar fotos.
Atleticanos se tornaram atração na cidade e sempre eram requisitados para fotos
(Foto: Yuri Corrêa)

O clima amistoso se alastrou também em locais como a praça Jemaa El Fna, espaço tomado por um emaranhado de barracas e onde qualquer tipo de comércio era feito. Alguns atleticanos doavam suas camisas em troca de produtos típicos, enquanto outros simplesmente presenteavam os marroquinos com seus objetos. O resultado foi curioso: muitos marroquinos usando camisas e adereços alvinegros em todos os cantos da cidade.
Reinaldo é cercado por vários atleticanos em um dos pontos turísticos de Marrakesh (foto: Yuri Corrêa)

A torcida fez sua parte em Marrakesh. Espalhou o nome e os símbolos do Atlético. Quanto mais perto do jogo, mais empolgação havia. Em meio à multidão, ídolos como Reinaldo, Dario e Buião eram reverenciados por aqueles que os reconheciam. Confiantes, os torcedores espalhavam bandeiras nas janelas dos hoteis e faziam o possível para afastar a ansiedade pela espera da estreia.

Cena comum em Marrakesh: hoteis com várias bandeiras do Atlético (foto: Yuri Corrêa)

Na terça, dia 17, vários atleticanos se reuniram em um bar na região do Gueliz, área moderna da cidade. O objetivo era se reunir para acompanhar (e secar) o Bayern, que enfrentava o Guangzhou, da China. Como era esperado, o time alemão venceu com extrema tranquilidade. O que os frequentadores do bar e até mesmo os funcionários do local não esperavam era que o bar fosse transformado em arquibancada. Bateria, camisas, cânticos e muita festa marcou a passagem da turma por lá. A um dia da estreia no Mundial, o Atlético fazia parte do cenário de Marrakesh.

Ônibus com várias bandeiras atleticanas. Torcida tomou conta da cidade
(Foto: Yuri Corrêa)


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